Sobre uma teoria da expectativa
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2016v20n38p382Palabras clave:
Expectativa, Comunicação, Frame, Linguística Cognitiva.Resumen
O presente trabalho apresenta como se pode ter uma teoria semântica cognitiva da ideia de expectativa encontrada no processo de comunicação linguística. Encontra-se essa ideia comumente em conversas, diálogos, em textos orais e literários, o que a caracteriza como um fato semântico de uso muito comum. Uma análise geral mostra que a ideia de expectativa é muito mais importante para os estudos semânticos e discursivos do que se costuma pensar. Uma análise mais profunda mostra que a linguagem precisa da ideia de expectativa como motivador seu uso. Desse modo, a expectativa está na base de todo processo de comunicação linguístico. As línguas dispõem de muitas palavras e expressões que introduzem uma expectativa na comunicação, como a própria palavra expectativa, expressões como eu acho que... e até estruturas sintática e prosódicas como uma pergunta. A expectativa pode estar na mente do falante ou na mente do ouvinte ou na mente de todas as pessoas envolvidas numa comunicação linguística. A expectativa pode ser também uma noção estabelecida formalmente através de regras ou de costumes na sociedade. A formulação de uma teoria da expectativa tornou-se mais viável com o desenvolvimento da semântica cognitiva nas últimas décadas. A noção de frame é, talvez, a que melhor explique a expectativa.
Descargas
Citas
ABREU, Antônio Suárez. Linguística Cognitiva: uma visão geral e aplicada. São Paulo: Ateliê Editorial. 2010.
AUSTIN, J. L. How to Do Things with Words. Oxford: Clarendon Press. 1975.
AVERBECK, Josh. Irony and Language Expectancy Theory: Evaluations of Expectancy Violation Outcomes. In: Communication Studies v. 61, n. 3. 2010. Routledge. 356–372. DOI: 10.1080/10510971003776147. Disponível em:
www.researchgate.net/publication/233348928>.
BAKHTIN, Mikhail Mikhailovitch. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Livraria Martins Fontes. 1992 [Estetika Slovesnogo Tvortchestva. Mascou: Iskustvo. 1979].
BURGOON, M. Language expectancy theory: elaboration, explication and extension. In: BERGER, C. R.; BURGOON, M. (eds). Communication and Social Influence Processes. Michigan: Michigan State University. 1995. p. 29-51.
BURGOON, M.; MILLER, G. R. (1985). An expectancy Interpretation of language and persuasion. In: GILES, H.; CLAIRE, R. St. (eds). Recent Advances in Language Communication and Social Psychology. London: Lawrence Erlbaum. 1985. p. 199-229.
BURGOON, M.; DENNING, V.P.; ROBERTS, L. A. (2002). Language and Persuasion In: DILLARD, J.P.; PFAU, M. (eds.). The Persuasion Handbook Developments in Theory and Practice. California: Sage Publications. 2002. p. 117-136.
CANÇADO, Márcia. Manual de Semântica: noções básicas e exercícios. Belo Horizonte: Editora UFMG. 2005.
CHOMSKY, Noam. Aspects of the Theory of Syntax. Cambridge MA: MIT Press. 1965.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Elementos de Fonética do Português Brasileiro. São Paulo: Editora Paulistana. 2007.
CAGLIARI, Luiz Carlos (Org.). O Tempo e a Linguagem. São Paulo: UNESP - Cultura Acadêmica. 2008.
DUCROT, Oswald. Dire et ne pas Dire: principes de semantique linguistique. Paris: Hermann. 1972.
EVANS, Vyvyan; GREEN, Melanie. Cognitive Linguistics: an introduction. Edinburgh: Edinburgh University Press. 2006.
FAUCONNIER, Gilles. Mental Spaces. Cambridge: MIT Press. 1994.
FAUCONNIER, Gilles. Mapping in Thought and Language. Cambridge: Cambridge University Press. 1999.
FAUCONNIER, Gilles; TURNER, Mark. The Way We Think. New York: Basic Books. 2002.
FELTES, Heloisa P. M. Semântica Cognitiva: ilhas, pontes e telas. Porto Alegre: EDIPUCRS. 2007.
FERRARI, Lilian. Introdução à Linguística Cognitiva. São Paulo: Contexto. 2011.
FILLMORE, Charles J. Frame Semantics. In: LINGUISTIC SOCIETY OF KOREA (eds.). Linguistics in the Morning Calm. Seoul: Hanshin. 1982. p. 111- 137. Disponível em:
<http://brenocon.com/Fillmore%201982_2up.pdf>. Acesso em
nov. 2015.
FILLMORE, Charles J.; ATKINS, B.T. Toward a Frame-based Lexicon: the semantics of risk and its neighbours. In: Frames, Fields and Contrasts. LEHRER, A.; E. F. KITTAY, E. E. (eds.). Hillsdale: Lawrence Erlbaum. 1992. p. 75-102.
GEERAERTS, Dick; CUYKEN, Hubert (ed.). The Handbook of Cognitive Linguistics. Oxford: Oxford University Press. 2007.
GRICE, Paul. Logic and Conversation. In: Studies in the Way of Words. Cambridge, MA: Harvard University Press. 1989. [reimpressão do manuscrito de 1967].
JOHNSON, Mark. The Body in the Mind: bodily basis of meaning, imagination and reason. Chicago: The University of Chicago Press. 1990.
IAGALLO, Patrícia Ormastroni. A Construção da Significação Linguística do Tempo em Língua Portuguesa: sistema cognitivo, estrutura conceptual e estrutura semântica. Tese (Doutorado). UNESP – FCL, Araraquara. 2014.
KÖVECSES, Zoltán. Language, Mind and Culture. Oxford: Oxford University Press. 2006.
LANGACKER, Ronald. Foundations of Cognitive Grammar. Stanford:
Stanford University Press. 1987.
LAKOFF, George. Women, Fire, and Dangerous Things: with categories reveal about the mind. Chicago: The University of Chicago Press. 1987.
LAKOFF, George; JOHNSON, Mark. Metaphors we live by. Chicago: The University of Chicago Press. 1980.
LAKOFF, Robin Tolmach. The Language War. London: The University of California Press. 2000.
LEVINSON, Stephen C. Pragmática. São Paulo: Martins Fontes. 2007.
LYONS, John. Semantics. Cambridge: Cambridge University Press. 1996.
MILLER, G. R. (1987). Persuasion, In: CHAFEE, Berger (ed.). Handbook of Communication Science. California: Sage Publications. 1987. p. 446-483.
PINKER, Steven. The Language Instinct: how the mind creates language. New York: Harper Perennial. 1995.
PLEBE, Armando; EMANUELE, Pietro. Manual de Retórica. São Paulo: Martins Fontes. 1992.
ROOT, Michael D. Speaker Intuitions. In: Philosophical Studies: An
International Journal for Philosophy in the Analytic Tradition. v. 29, n. 4. Springer. 1976. p. 221-234.
SCHANK, Roger C.; KASS, Alex. Knowledge Representation in People and Machines. In: ECO, Umberto; SANTAMBROGIO, Marco; VIOLI, Patrizia (eds.) Meaning and mental representations. Indianapolis: Indiana University Press. 1988. p. 181-200.
SEARLE, John. The Rediscovery of the Mind. Cambridge, MA: Bradford Book/The MIT. Press. 1992.
TALMY, Leonard. Toward a Cognitive Semantics. Cambridge, MA: Bradford Book The MIT Press. 2000.
TANNEN, Deborah. (1979). What’s in a Frame? surface evidence for underlying expectations. In: FREEDLE, Roy (ed.). New Directions in Discourse Processing. Norwood: Ablex. 1979. p. 137-181. Disponível em: <http://faculty.georgetown.edu/tannend/TANNEN%20ARTICLES/PDFs%20of%20Tannen%20Articles/1979/what’s%20in%20a%20frame.pdf>. Acesso em 27 nov. 2015.
WILSON, Robert A.; KEIL, Frank C. (ed.). The MIT Encyclopaedia of Cognitive Sciences. Cambridge, MA: The MIT Press. 1999.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
DECLARACIÓN DE DERECHO AUTORAL
Derechos autorales
El envío de cualquier colaboración implica, automáticamente, la cesión integral de los derechos autorales a PUC Minas. Se solicita a los autores que aseguren:
- inexistencia de conflicto de intereses (relaciones entre autores, empresas/instituciones o individuos con interés en el tema abordado por el artículo), y
- órgano o instituciones financiadoras de investigación que ha dado origen al artículo.