RES, UM TERMO MEDIEVAL ESQUECIDO
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2024v15n30p1208-1240Keywords:
RES, Tomás de Aquino, Anselmo de Aosta, Lima Vaz, TecnociênciaAbstract
Na lista dos transcendentais proposta por Tomás de Aquino em De veritate, aparece o termo res, que se traduz como “coisa”. Na contemporaneidade, supõe-se que res integre a ideia de um objeto (ob-iectum) capaz de ser percebido, física ou mentalmente, e que possui uma consistência “em si” antes de ser “para nós”. Segundo Kant, a “coisa em si” jamais poderá ser conhecida. Antes, porém, Tomás de Aquino perguntava sobre os critérios que nos permitiriam reconhecer a consistência interna de uma “coisa” e, portanto, a legitimidade de atribuir o predicado “real” a uma “coisa” que pudesse estabelecer a possibilidade de conhecimento objetivo das “coisas”. Para abordar criticamente a relação entre “coisa” e “real”, o artigo considera a questão a partir de Anselmo de Aosta e Tomás de Aquino. Estes dois autores estão unidos num projeto comum na perspectiva de Henrique de Lima Vaz que identifica a pesquisa de Tomás de Aquino com uma expressão típica de Anselmo, fides quaerens intellectum. Essas propostas medievais ainda fazem sentido para o pensamento atual? Para responder a essa questão, seguiremos a reflexão de Lima Vaz sobre o desenvolvimento do tomismo em nosso século.
Downloads
References
ANSELMI CANTUARENSIS. Opera Omnia. Franciscus S. Schmitt (Ed.). Stuttgart-Bad Cannstatt: Frommann-Holzboog, 1968.
ANSELMO D’AOSTA. De Grammatico. In: ANSELMI CANTUARENSIS. Opera Omnia. Franciscus S. Schmitt (Ed.). Stuttgart-Bad Cannstatt: Frommann-Holzboog, 1968. p. 141-168.
ANSELMO D'AOSTA. Perché un Dio uomo? e Lettera sull'incarnazione del Verbo. Introduzione, traduzione e note a cura di Antonio Orazzo. Roma: Città nuova, 2007.
ANSELMO D'AOSTA. Lettere. Traduzione di Aldo Granata. Milano: Jaca Book, 1988.
ANSELMO D'AOSTA. La verità/De veritate. Introduzione, traduzione e note a cura di Pietro Palmieri. Palermo: Officina di studi medievali, 2006.
ANSELMO D’AOSTA. Monologio e Proslogio. Testo latino a fronte. A cura di I. Sciuto. Milano: Bompiani, 2002.
ARISTOTELE. De anima. Testo greco a fronte. A cura di G. Movia. Milano: Bompiani, 2001.
ARISTOTELE. Metafisica. Testo greco a fronte. A cura di G. Reale. Milano: Vita e pensiero, 1998.
BUSA, R. Voces Realis-Realiter in St. Thomas Aquinas, cum appendice de voce “Res-rei”. Res. Atti del III Colloquio internazionale del lessico intellettuale europeo, Roma, Ed. dell’Ateneo, 1982. 105-136.
BYUNG-CHUL HAN. Le non-cose. Come abbiamo smesso di vivere il reale. Torino: Einaudi, 2023.
CHENU, M.-D. La teologia del XII secolo. Traduzione di P. Vian. Milano: Jaca Book, 2016.
DESCARTES, R. Discorso sul metodo. Traduzinoe di trad. di M. Garin. Roma-Bari: Laterza, 1998.
DESCARTES, R. Meditazioni metafisiche. A cura di S. Landucci. Roma-Bari: Laterza, 1997.
FATTORI, M.; BIANCHI, M (a cura). Res. Atti del III Colloquio internazionale del lessico intellettuale europeo, Roma, Ed. dell’Ateneo, 1982.
GILBERT, P. Dalla ragione allo spirito. La dinamica affettiva del conoscere umano. Roma: Stamen, 2023.
HUSSERL, E. Idee per una fenomenologia e per una filosofia fenomenologia. Torino: Einaudi, 2002.
KANT, I. Critica della ragion pura. Milano: Bompiani, 2004.
LALANDE, A. Vocabulaire technique et critique de la philosophie. Paris: Presses Universitaire de France, 2002.
LEVINAS, E. Dall’esistenza all’esistente. Traduzione di Fr. Sossi. Genova: Mairetti, 1986.
LIMA VAZ, Cláudio H. de. Presença de Tomás de Aquino no horizonte filosófico do século XXI. Sintese nova fase, Belo Horizonte, XXV, 80[1998], 21, p. 19-42.
PARMENIDE. Della natura. Testo greco a fronte. A cura di G. Reale. Milano: Rusconi, 1998.
TOMMASO D’AQUINO. Le questioni disputate De veritate, vol. I. Traduzione di R. Coggi. Bologna: Edizioni Studio Domenicano, 1992.
TOMMASO D’AQUINO. Commento alle Sentenze di Pietro Lombardo. Testo italiano e latino. Trad. R. Coggi. Roma: Edizioni Studio Domenicano, 2001.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
DECLARATION TERM:
I submit the presented work, an original text, for evaluation by the Sapere Aude journal of Philosophy and agree that its copyright will become the exclusive property of PUC Minas Publisher, prohibiting any reproduction, total or partial, in any other part or electronic/printed divulgation means before the necessary previous authorization is solicited and obtained from the Publisher. I also declare that there is no interest conflict between the aborded theme and the author, entrerprise, institution or individuals. I am not sure about this sentence and why it should be there. Do you publish any research that is subsidized by companies or that involves quantitative or qualitative interviews with participants?