JOHN LOCKE E A QUESTÃO DAS PRERROGATIVAS

Auteurs-es

  • Antônio Carlos dos Santos UFS

DOI :

https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2025v2n2p8-19

Mots-clés :

Locke, republicanismo, prerrogativas, Christopher Hamel

Résumé

O objetivo deste artigo é problematizar a interpretação de que Locke não pode ser lido pelo viés republicano pelo fato de ele defender as prerrogativas reais. Ou seja, segundo alguns, onde há prerrogativa, de qualquer natureza e condições, não poderia, de modo algum, haver republicanismo. Ora, é necessário olhar essa questão de forma mais precisa: em quais condições ela poderia ser minimamente aceita ou absolutamente rejeitada? Esse é o problema do debate no qual pretendemos nos locomover. No intuito de enfrentar essa questão, o presente texto foi dividido em duas partes: na primeira, vamos analisar os argumentos a partir dos quais Locke não poderia ser considerado um republicano, segundo a interpretação de Christopher Hamel; na segunda, vamos averiguar o conceito de prerrogativas reais em Locke, de modo particular, no seu Second Treatise, visando a pensar se, de fato, haveria alguma incompatibilidade entre o republicanismo lockiano e as referidas prerrogativas defendidas pelo inglês.

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Biographie de l'auteur-e

Antônio Carlos dos Santos, UFS

Doutor em Filosofia pela Universidade de Paris X, Nanterre, em cotutela com a USP. Professor Titular de Ética e Filosofia Política da UFS. Presidente da Associação Brasileira de Estudos do Século XVIII (ABES18). E-mail:acsantos12@uol.com.br.

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Publié-e

2025-04-22

Comment citer

Santos, A. C. dos. (2025). JOHN LOCKE E A QUESTÃO DAS PRERROGATIVAS. Sapere Aude, 2(2), 8–19. https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2025v2n2p8-19

Numéro

Rubrique

ARTIGOS/ARTICLES: DOSSIÊ/DOSSIER

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