JOHN LOCKE E A QUESTÃO DAS PRERROGATIVAS
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2025v2n2p8-19Parole chiave:
Locke, republicanismo, prerrogativas, Christopher HamelAbstract
O objetivo deste artigo é problematizar a interpretação de que Locke não pode ser lido pelo viés republicano pelo fato de ele defender as prerrogativas reais. Ou seja, segundo alguns, onde há prerrogativa, de qualquer natureza e condições, não poderia, de modo algum, haver republicanismo. Ora, é necessário olhar essa questão de forma mais precisa: em quais condições ela poderia ser minimamente aceita ou absolutamente rejeitada? Esse é o problema do debate no qual pretendemos nos locomover. No intuito de enfrentar essa questão, o presente texto foi dividido em duas partes: na primeira, vamos analisar os argumentos a partir dos quais Locke não poderia ser considerado um republicano, segundo a interpretação de Christopher Hamel; na segunda, vamos averiguar o conceito de prerrogativas reais em Locke, de modo particular, no seu Second Treatise, visando a pensar se, de fato, haveria alguma incompatibilidade entre o republicanismo lockiano e as referidas prerrogativas defendidas pelo inglês.
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