DA EPISTEMOLOGIA À ANTROPOLOGIA

CONDILLAC E ROUSSEAU

Autores

  • Mauro De La Bandera Arco Jr UFPR

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2025v2n2p142-167

Palavras-chave:

Condillac, Rousseau, análise, epistemologia, antropologia

Resumo

O abade de Condillac oferece a Jean-Jacques Rousseau um método capaz de desvendar as camadas de atributos historicamente adquiridos e, simultaneamente, tornar inteligível a formação e o desenvolvimento progressivo das faculdades humanas, das identidades individuais e coletivas, dos processos de distinção e da desigualdade, bem como das instituições sociais. Busca-se, assim, demonstrar que a análise proposta por Condillac se mostra frutífera – sobretudo por seu duplo movimento regressivo e progressivo – para a interpretação dos textos rousseaunianos. No entanto, ao se apropriar desse método, Rousseau realiza certos deslocamentos de perspectiva: aquilo que em Condillac era uma teoria do conhecimento é elevado, por Rousseau, à condição de teoria antropológica. Dessa transformação emergem duas abordagens metodológicas distintas: uma antropologia negativa, que recorre à ficção para revelar o ser humano em seu puro estado de natureza, e uma antropologia positiva, que, por meio de um método etnográfico, observa os humanos reais, sejam eles selvagens, bárbaros ou civilizados.

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Biografia do Autor

Mauro De La Bandera Arco Jr, UFPR

Doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Professor da Universidade Federal do Paraná. E-mail: maurobandera@ufpr.br.

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Publicado

2025-04-22

Como Citar

Arco Jr, M. D. L. B. (2025). DA EPISTEMOLOGIA À ANTROPOLOGIA: CONDILLAC E ROUSSEAU. Sapere Aude, 2(2), 142–167. https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2025v2n2p142-167

Edição

Seção

ARTIGOS/ARTICLES: DOSSIÊ/DOSSIER