DA EPISTEMOLOGIA À ANTROPOLOGIA
CONDILLAC E ROUSSEAU
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2025v2n2p142-167Palabras clave:
Condillac, Rousseau, análise, epistemologia, antropologiaResumen
O abade de Condillac oferece a Jean-Jacques Rousseau um método capaz de desvendar as camadas de atributos historicamente adquiridos e, simultaneamente, tornar inteligível a formação e o desenvolvimento progressivo das faculdades humanas, das identidades individuais e coletivas, dos processos de distinção e da desigualdade, bem como das instituições sociais. Busca-se, assim, demonstrar que a análise proposta por Condillac se mostra frutífera – sobretudo por seu duplo movimento regressivo e progressivo – para a interpretação dos textos rousseaunianos. No entanto, ao se apropriar desse método, Rousseau realiza certos deslocamentos de perspectiva: aquilo que em Condillac era uma teoria do conhecimento é elevado, por Rousseau, à condição de teoria antropológica. Dessa transformação emergem duas abordagens metodológicas distintas: uma antropologia negativa, que recorre à ficção para revelar o ser humano em seu puro estado de natureza, e uma antropologia positiva, que, por meio de um método etnográfico, observa os humanos reais, sejam eles selvagens, bárbaros ou civilizados.
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