A Política Externa da Bolívia e a questão da coca (2006-2014)
Palavras-chave:
Política Externa, Bolívia, cocaResumo
Este texto trata das principais ações realizadas pelo governo boliviano em relação à questão da folha de coca, no campo da política externa, entre os anos de 2006 e 2014. O objetivo foi verificar que tipo de mudança ocorreu na orientação das diretrizes de política exterior do país acerca deste tema. Argumenta-se que ocorreu uma reforma gradual na política externa, baseada em alterações de metas e programas, ocorrida de maneira incremental, sem uma reestruturação profunda ou rápida na orientação do assunto em questão. Utilizam-se como variáveis de análise: a parceria com a United Nations Office on Drugs and Crime, b) as relações com os EUA; c) a demanda pela alteração da Convenção Única de Entorpecentes de 1961, além dos planejamentos governamentais para a questão da folha de coca, apresentados em 2007 e em 2011. As abordagens de Lasagna (1995) e Hermann (1990) servem de base conceitual para a análise. Concluiu-se que houve continuidade em um primeiro momento, seguida de mudanças incrementais entre 2006 e 2009. A partir de 2010 as mudanças de rumo foram menores, mas suficientes para caracterizar o período analisado como uma fase de reforma gradual.
Downloads
Referências
AYERBE, L. F. Crise de hegemonia e emergência de novos atores na Bolívia: o governo de Evo Morales. Lua Nova, 2011, p. 179-216.
BOLÍVIA. Discurso de S.E Don Evo Morales Ayma Presidente del Estado Plurinacioal de Bolivia. 64º Periodo de Sessiones de la Asamblea General de las Naciones Unidas, Nova Iorque, 23 setembro 2009.
BOLÍVIA. Análisis y evaluación del proceso de Implementación de la Política sub sectorial de Desarrollo Integral contemplada en el PNDIC 2006 - 2010. La Paz: MDRyT, 2010.
CAMARGO, A. J. C. J. Bolívia - A Criação de um Novo País a Ascensão do Poder Político Autóctone das Civilizações pré-Colombianas a Evo Morales. Brasília: MRE, 2006.
CONALTID. Estratégia de lucha contra el narcotráfico y revalorización de la hoja de coca 2007-2010. La Paz: CONALTID, 2007.
CONALTID. Estrategia de Lucha Contra el Narcotráfico y Reducción de Cultivos Excedentários de Coca 2011-2015, La Paz, 2011.
CONALTID. La UELICN cubre los vacíos que deja la NAS. Dignidad, La Paz, junho 2013.
DUNKERLEY, J. Rebelion en las venas. La lucha politica en Bolivia 1952-1982. La Paz: Plural, 2003.
FERREIRA, P. E. M.; MARTINI, R. K. Cocaína: lendas, história e abuso. Revista Brasileira de Psiquiatria, 2, 2001.
HERMANN, C. F. Changing course: when governments choose to redirect foreign policy. International Studies Quaterly, 34, n. 1, 1990. 3-21.
INCB. INCB President discusses coca leaf with the President of the Plurinational State of Bolivia, Evo Morales. Focus on international drug control, Viena, v. 3, p. 6, junho 2009.
INCB. Report of the International Narcotics Control Board for 2011. Viena, 28 fevereiro 2012.
INCB. Report of the International Narcotics Control Board for 2012. Viena, 5 março 2013.
LASAGNA, M. Las determinantes internas de la política exterior: un tema descuidado en la teoría de la política exterior. Estudios Internacionales, Santiago, 111, 1995. 384-409.
LEAGUE OF NATIONS. The International Opium Convention signed at The Hague, January 23, 1912, and subsequent papers. Treaty Series. Genebra: [s.n.]. 1922. p. 189-239.
MURRA, J. Las sociedades andinas antes de 1532. In: BETHELL, L. Historia de America Latina. Barcelona: Editorial Crítica, v. 1, 1990. Cap. 3, p. 48-75.
ONU. Single Convention on Narcotic Drugs 1961, New York: ONU, 1972. Disponível em http://www.unodc.org/pdf/convention_1961_en.pdf
ONU. Political Declaration Guiding Principles of Drug Demand Reduction and Measures to Enhance International Cooperation to Counter the World Drug Problem. [S.l.]. 1998.
ONU. Proposal of amendments by Bolivia to article 49, paragraphs 1 (c) and 2 (e). Economic and Social Council, Nova Iorque, 15 maio 2009.
ONU. Bolivia (Plurinational State of) - Statement Summary. General Debate of 67th Session of the UN General Assembly, Nova Iorque, setembro 2012.
ONU. C.N.94.2013.TREATIES-VI.18. Bolivia (Plurinational State fo): Accession, Nova Iorque, 22 janeiro 2013.
PACS. Diagnóstico a las organizaciones sociales de productores de coca de los departamentos de Cochabamba y La Paz. La Paz: PACS, 2009. Disponível em http://www.controlsocial.bo/respaldos_2/Estudios/004_DIAGNOSTICO_OS_CBBA.pdf.
PACS. Línea Base de Acción del PACS (Trópico). La Paz: PACS, 2009b. p. Disponível em http://www.controlsocial.bo/respaldos_2/Estudios/001_Línea_Base_Trópico.pdf.
SOUSA, R. S. Os cocaleros do Chapare: coca, cocaína e políticas internacionais antidrogas na Bolívia. Tese de Doutorado, Brasília, 2006.
STEELE, P. R. Handbook of Inca mythology. Santa Barbara/CO: ABC-CLIO, 2004.
THIEL, M. Acullico y narcotráfico - Cuestionar la injerencia. Revista Boliviana de Investigación, 11, 2014.
U.S. DEPARTMENT OF STATE. International Narcotics Control Strategy Report (INCSR). Country Report: Bolivia. U.S. State Department. Washington D.C. 2014.
U.S. DEPARTMENT OF STATE. International Narcotics Control Strategy Report (INCSR). Country Report: Bolivia. U.S. State Department. Washington D.C. 2015.
UE. La cooperación de la Unión Europea en Bolivia. La Paz, 2011.
UNODC. Monitoreo de cultivos de coca 2006. La Paz: UNODC, 2007.
UNODC. Monitoreo de Cultivo de hoja de coca 2007. La Paz: UNODC, 2008.
UNODC. Monitoreo de Cultivo de hoja de coca 2008, La Paz, 2009.
UNODC. Monitoreo de Cultivo de hoja de coca 2009, La Paz, 2010.
UNODC. Monitoreo de Cultivo de coca 2010, La Paz, 2011.
UNODC. Monitoreo de Cultivo de Coca 2012. La Paz: UNODC, 2013.
UNODC. Monitoreo de Cultivo de Coca 2013. La Paz: UNODC, 2014.
UNODC. Monitoreo de Cultivos de coca 2014. La Paz: UNODC, 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).