A política do Banco Mundial no Brasil (1990-2002)

Autores

  • Emiliano Fernández UNICEN

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2317-773X.2024v12n2p91-107

Palavras-chave:

Banco Mundial, Brasil, Estado

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar uma caracterização e interpretação da política do Banco Mundial no Brasil durante o período 1990-2002. Detalhamos as características da orientação política da organização em relação ao país e também as principais características que sua assistência financeira assumiu nesse período. Em termos metodológicos, o trabalho baseia-se na análise documental e na análise estatística dos projetos de assistência financeira da agência. Constatamos que o Banco apoiou diversas políticas destinadas aos pobres, como a educação,
a saúde e as infra-estruturas, e, ao mesmo tempo, apoiou reformas estruturais. Constatamos também que a assistência da agência se concentrava na região nordeste do país e que, em meados da década, essa mesma assistência procurava concentrar-se no nível estadual, em detrimento do estado federal. Interpretamos que a política da agência apoiou o Estado diante dos imperativos que lhe foram apresentados naquela fase: da acumulação - centralmente, a reestruturação do mercado interno como saída para a crise do modo de acumulação do pós-guerra - e da dominação - centralmente, a legitimação do próprio Estado face às crescentes contradições que esta reestruturação implicou.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Emiliano Fernández, UNICEN

Dr. en Ciencias Sociales (UBA). Becario postdoctoral del Consejo Nacional de Ciencia y Tecnología (CONICET) y Profesor en la Facultad de Ciencias Humanas de la Universidad Nacional del Centro de la Provincia de Buenos Aires (FCH-UNCPBA). Miembro del Núcleo de Investigación Crítica sobre Sociedad y Estado (NICSE) de la FCH-UNCPBA y del programa “Acumulación, dominación y lucha de clases en la Argentina contemporánea” del Instituto de Economía y Sociedad en la Argentina Contemporánea de la Universidad Nacional de Quilmes (IESAC-UNQ).

Referências

ALMEIDA, P. O Brasil e o FMI desde Bretton Woods: 70 anos de história, Revista direito Gv,

São paulo, 10 (2), 469-496, 2014.

ANDERSON, P. Brasil: una excepción 1964-2019. Buenos Aires: Akal. 2020.

ARAÚJO MELLO, H. O Banco Mundial e a reforma educacional no Brasil: a convergência de

agendas e o papel dos intelectuais em Mendes Pereira, J. y Pronko, M. (org.) A demolição de

direitos. Um exame das politicas do Banco Mundial para a Educação e a Saúde (1980-2013).

Rio de Janeiro: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. 153-182, 2014.

BABB, S. Behind the development banks. Washington politics, world poverty, and the

wealth of nations, The University of Chicago Press, Ltd, 2009.

BARBOSA, N. Y PEREIRA DE SOUZA, J. A inflexão do governo lula: política econômica, crescimento

e distribuição de renda, em Sader, E. y Garcia, M. (Orgs.) Brasil: entre o Passado e o

Futuro São Paulo: Fundação Perseu Abramo e Editora Boitempo, 2010, 1-42.

BARNETT, M. Y FINNEMORE, M. The Politics, Power, and Pathologies of International Organizations.

International Organization, vol. 53 (4), 699-732, 1999.

BAUMANN, R. Brasil en los años noventa: una economía en transición, Revista de la CEPAL

Nro.73., 150-172, 2001.

BONNET, A. ¿Qué es el estado capitalista? La derivación del estado revisitada. In: GARCÍA

VELA, A., MATAMOROS PONCE, F., GARZA ZEPEDA, M.; HERNÁNDEZ LARA, O.

(Coord.) Estado, capitalismo y subjetividad. Dignidad y esperanza en configuraciones revolucionarias

del sujeto rebelde, Ediciones del Lirio. 2019.

BONNET, A.; PIVA, A. Estado y Capital. El debate alemán sobre la derivación del estado.

Buenos Aires: Ediciones Herramienta, 2017.

Downloads

Publicado

2025-05-18

Como Citar

Fernández, E. (2025). A política do Banco Mundial no Brasil (1990-2002). Estudos Internacionais: Revista De relações Internacionais Da PUC Minas, 12(2), 91–107. https://doi.org/10.5752/P.2317-773X.2024v12n2p91-107