Integração Produtiva Regional: a importância dos acordos preferenciais para a fragmentação produtiva
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2317-773X.2016v4n1p45Keywords:
Fragmentação produtiva, Integração Produtiva Regional, Acordos preferenciais de comércio, América Latina, Ásia.Abstract
Nas últimas décadas temos observado um aumento significativo dos fluxos comerciais globais, especialmente de partes e componentes, além de um aumento significativo no volume de investimento direto. A literatura econômica – teórica e empírica - tem apontado a relação desses fenômenos com o processo de fragmentação do processo produtivo. Mas, apesar de amplamente praticado, o conceito ainda não é bem definido na literatura. Neste artigo optou-se por agregá-los em dois grupos, os que tratam da fragmentação produtiva, ou seja, a divisão geográfica da produção, e a integração produtiva regional, que diz respeito a economias envolvidas em acordos preferenciais de comércio. Ademais, foram apontados os principais determinantes e os efeitos sobre o crescimento e desenvolvimento dos países envolvidos. E, para contextualizar o tema, foram brevemente apresentados os históricos de integração produtiva na América Latina e na Ásia. O levantamento bibliográfico realizado leva a conclusão que, apesar de distintos, os conceitos convergem na medida em que os acordos preferenciais são capazes de reduzir os custos de comercialização.
Downloads
References
ARAÚJO, J.(2013). Fragmentação da produção e competitividade internacional: o caso brasileiro. Revista Brasileira de Comércio Exterior. nº. 115.
BALDWIN, R. (2013). “Global supply chains: why they emerged, why they matter and where are they going”. In: ELMS, D.; LOW, P. Global Value Chains in a Changing World. Fung Foundation, Temasek Foudation and World Trade Organization.
BAUMANN, R. (2010). Regional Trade and Growth in Asia and Latin America: the importance of Productive Complementarity. Brasília: CEPAL.
BRAGA, M (2001). Integração econômica regional na América Latina: uma interpretação das contribuições da Cepal. In: XXIX Encontro Nacional de Economia, 2001, Salvador-BA. Anais do XXIX Encontro Nacional de Economia.
CEPAL (2013). Panorama da inserção internacional da América Latina e Caribe. CEPAL.
CHEN, L. e De LOMBAERDE, P. (2011) “Redes de distribución regional de la producción y organización en ejes en América Latina y en el Este Asiático: una perspectiva a largo plazo”, Integración & Comercio, no. 32.
CHUDNOVSKY,D. e CAMPBELL, G. (1991) Argentina-Brasil: luces y sombras. Texto preparado para o 27º Colóquio de IDEA. Buenos Aires: Instituto para El desarrollo de empresários em La Argentina.
COASE, R.H. The Nature of the Firm. Economica, New Series, Vol. 4, no. 6, 1937.
DULLIEN, S. (2010). “Integração Produtiva na União Européia: uma perspectiva alemã”. In Integração Produtiva - caminhos para o Mercosul. Série Cadernos da Indústria ABDI. Vol XVI. Brasília. 2010.
ESTEVADEORDAL, A. BLYDE, J. e SUOMINEN, K.(2013). As cadeias globais de valor são realmente globais? Políticas para acelerar o acesso dos países às redes de produção internacionais. Revista Brasileira de Comércio Exterior. nº. 115.
FLÔRES, R. (2010). “A fragmentação mundial da produção e comercialização: conceitos e questões básicas”. In Integração Produtiva - caminhos para o Mercosul. Série Cadernos da Indústria ABDI. Vol XVI. Brasília. 2010.
FUGAZZA, M. e NICITA, A. (2010). “The value of preferential market acess”. UNCTAD. Publication series on Policy Issues in International Trade and Commodities
GALAR, M. (2012). “Competing within global value chains”. ECFIN Economic Brief. Nº 17.
GEREFFI, G. (1999). “International Trade and Industrial Upgrading in the Apparel Commodity Chain”.Journal of International Economics, vol. 48 no. 1, p. 37-70, June
GEREFFI, G; HUMPHREY, J.; STURGEON, T. (2005) “The Governance of Global Value Chains.” Review of International Political Economy,12 (1), p. 78-104.
GEREFFI, G. (2007). “Promessas e desafios para o desenvolvimento”. Tempo Social. Revista de sociologia da USP.vol. 19. Nº. 1.
GEREFFI, G.;FERNANDEZ-STARK, K. (2011) Global Value Chain Analysis: A Primer. Center on Globalization, Governance and Competitiveness, 2011
HAMAGUCHI, N. (2010). “Integração Produtiva Regional no leste da Ásia”. In Integração Produtiva - caminhos para o Mercosul. Série Cadernos da Indústria ABDI. Vol XVI. Brasília. 2010.
HELPMAN, E. (2011). Understanding Global Trade. Harvard College.
HILBERRY, R. (2011). “Causes of international production fragmentation: some evidence” In Global Value Chains: Impacts and implications, pp.77 - 102.
HUMMELS, D., RAPOPORT, D. E YI, K. (1998) "Vertical specialization and the changing nature of world trade," Economic Policy Review, Federal Reserve Bank of New York, issue Jun, pages 79-99.
HUMPHREY, J. e SCHMITZ, H. (2002). “How does insertion in global value chains affect upgrading in industrial clusters? Regional Studies, n. 36, Issue 9.
JONES, R. e KIERKOWSKI, H. (1990) The role of services in production and internacional trade: a theorical framework. In: R. Jones and A. Krueger, eds., The political economy of international trade.(Blackwell's: Oxford), 31-48.
KAPLINSKI, R.; MORIS, M. (2001). Handbook for Value Chain Research. IDRC.
KIMURA, F. e ANDO, M. (2005). “Two-dimensional fragmentation in East Asia: conceptual framework and empirical”. International Review of Economics and finance. Nº 17.
KOSACOFF, B. e LÓPEZ, A. (2008). “América Latina y las Cadenas Globales de Valor: debilidades y pontecialidades”. Revista globalización, competititividad y gobernabilidad, Vol. 2, No.1, Georgetown University.
MACHADO, J. (2010) “Integração Produtiva: referencial analítico, experiência européia e lições para o Mercosul”. In Integração Produtiva - caminhos para o Mercosul. Série Cadernos da Indústria ABDI. Vol XVI. Brasília. 2010.
MEDEIROS, C. (2010). “Integração Produtiva: A Experiência Asiática e Algumas Referencias para o Mercosul” In Integração Produtiva - caminhos para o Mercosul. Série Cadernos da Indústria ABDI. Vol XVI. Brasília. 2010.
MIROUDOT, S e RAGOUSSIS, A (2009). “Vertical trade, trade costs and FDI”. OCDE Trade Policy Working Papers, nº 89.
MOTTA VEIGA , P e RIOS, S. (2008). Cadeias de Valor baseadas em recursos naturais e upgrading de empresas e setores: o caso da América do Sul. Rio de Janeiro: Cindes, 2008 (Breves Cindes, n. 9).
NONNENBERG, M. (2013). “Integração Produtiva, Fragmentação da Produção e Evolução do Comércio Internacional: Como Evoluíram os Países da Ásia e da América Latina?”, Texto para Discussão 1905, IPEA.
OCAMPO, J. (2001). Raúl Prebisch y la agenda del desarrollo en los albores del siglo XXI, Revista de la CEPAL, número 77, p. 25-39.
OCDE (2013). “Interconnected economies: benefiting from global value chains.” Disponível em http://www.oecd.org/sti/ind/interconnected-economies-GVCs-synthesis.pdf. Acessado em 14 de Dezembro de 2014.
OLIVEIRA, S. (2014). “Cadeias Globais de Valor e os novos padres de comercio internacional: uma análise comparada das estratégias de inserção de Brasil e Canadá”. 223f. Tese (Doutorado em Relações Internacionais). Universidade de Brasília.
PIETROBELLI, C.; STARITZ, C. (2013). Challenges for Global Value Chain Interventions in Latin America. Inter-American Development Bank, Technical Note No. IDB-TN-548.
SELA (2014). “Políticas de desarrollo productivo e industrial en América Latina y El Caribe”. Caracas: SELA. Abril
SOUZA, R. A (2003) Integração Econômica Regional na América Latina. In Conjuntura & Planejamento, Salvador: SEI, n.º 12, Set. 2003. Pág. 44-49.
STURGEON, T. e MEMEDOVIC, O. (2011). “Mapping global value chains: intermediate goods trade and strutural change in world economy”. Development policy and strategic research branch, United Nations Industrial Development Organization, Viena (Working paper nº 05/2010).
STURGEON, T., GEREFFI, G, GUINN, A. e ZYLBERBERG, E. (2013). “O Brasil nas cadeias globais de valor: implicações para a política industrial e de comércio”. Revista Brasileira de Comércio Exteriorno. N. 115
STURGEON, T. (2013). Global Value Chains and Economic Globalization: towards a measurement framework. A report to Eurostat.
TAVARES, M. C. e GOMES, G. (1998) La CEPAL y la integración económica de América Latina, Revista de la CEPAL, número extraordinário.
UNCTAD. (2013a) Global supply chains: trade and economic policies for developing countries . United Nations Publications.
UNCTAD. (2013b) Global Value Chains and Development: Investment and Value Added Trade in the Global Economy. United Nations Publications.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
a.Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution License that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal
b.Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
c.Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access).