Entre o Pensamento, a Religião e a Contemporaneidade: as hipérboles do ser e a comunicação equívoca do sagrado (Between Thought, Religion and Contemporary: hyperbole of being and miscommunication of the sacred) - DOI: 10.5752/P.2175-5841.2012v10n27p879
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Resumo
Resumo
O pensamento filosófico contemporâneo se compreende como pós-metafisico, pós-religioso, pós-moderno e pós-filosófico. Ele advoga uma metafisica sem metafisica, uma ética sem ética e uma religião sem religião. O objetivo deste artigo é explorar as possibilidades de se refletir sobre o lugar e o papel de Deus, da religião e da mística no discurso filosófico da contemporaneidade, tendo como referência o pensamento de William Desmond. Para o pensamento desmondiano, existe uma porosidade íntima, idiótica, do chamado à verdade. O pensamento é uma abertura comunicativa para a sua própria fonte originadora. Isso significa que o pensamento se encontra no limiar do saber, podendo se abrir para uma posição de reverência frente ao mistério do ser. Através de metáforas metafisicas, nomes intermediários para além da determinação unívoca das construções metafisicas do passado, Desmond busca refletir sobre algo presente em meio à finitude, que indica uma transcendência primeira que vai além da nossa experiência: uma transcendência superior essencialmente assimétrica à nossa própria transcendência. Tais metáforas ou hipérboles asseguram o enigma envolvido na questão de Deus e do ser religioso. Tal enigma ou mistério não é algo negativo, mas uma abertura para uma origem agápica mais plena e supradeterminada.
Palavras-chaves: Metaxologia. Religião. Pós-moderno. Ágape. Mística.
Abstracts
Contemporary thought sees itself as being post metaphysical, post religious, postmodern and post philosophical. It calls for metaphysics without metaphysics, religion without religion and ethics without ethics. This article aims to open up new possibilities for reflecting about God, religion and mystics by the philosophical contemporary thought of William Desmond. Metaxological thought goes beyond univocity, equivocity and the Hegelian dialects. It reflects about those elemental or idiotic experiences that take thought up to the porous of truth beyond determination. For Desmond, metaxology is a communicative openness to an overdetermined origin. This means that we are confronted with a positive sense of the mystery of being that demands an attitude of reverence and wonder. Being is hyperbolic and through metaphysical metaphors, metaxological thought reflects on something in finitude that transcends finitude: a superior transcendence. This transcendence is something asymmetrical to our own transcendence. It points out to an agapeic origin. Desmond´s metaphors safeguard the enigma and mystery involved in the question of God and being religious.
Keywords: Metaxology. Religion. Postmodern. Ágape. Mystic.
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