Entre o niilismo e a legitimidade do espaço simbólico: diálogo com Schmitt, Heidegger e Blumenberg

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Victor de Oliveira Pinto Coelho

Resumo

O artigo pretende expor uma visão crítica sobre a teoria da secularização defendida por Carl Schmitt e sobre a reflexão de Martin Heidegger a respeito da metafísica do sujeito. Mais precisamente, nosso foco recai criticamente sobre a equivalência entre niilismo e autolegislação humana presente na obra de ambos os autores. Nosso objetivo é apreender tais formulações em duas dimensões imbricadas: uma delas, teórico-filosófica, e a outra, histórica. Em seguida, buscamos colocá-las em perspectiva crítica tendo em vista especialmente a reflexão desenvolvida por Hans Blumenberg e alguns de seus comentaristas. Pretendemos proceder a contraposição entre (i) a noção de autolegislação humana como niilismo e (ii) a legitimidade do espaço do simbólico. Sem negar a crítica ao racionalismo limitante, que inclui a superação do sujeito cartesiano, a abordagem que defendemos legitima a dimensão de mediação entre o tempo da vida e tempo do mundo, mediação que pode se dar tanto pela elaboração científica quanto pelo pensamento filosófico ou religioso. Por fim, buscamos apontar a relação entre o espaço simbólico e a superação da noção de mímesis como imitação ou simples adequação.

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Como Citar
COELHO, Victor de Oliveira Pinto. Entre o niilismo e a legitimidade do espaço simbólico: diálogo com Schmitt, Heidegger e Blumenberg. HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião, Belo Horizonte, v. 12, n. 33, p. 183–210, 2014. DOI: 10.5752/P.2175-5841.2014v12n33p183-210. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/horizonte/article/view/P.2175-5841.2014v12n33p183. Acesso em: 13 ago. 2025.
Seção
Artigos/Articles: Temática Livre/Free subject
Biografia do Autor

Victor de Oliveira Pinto Coelho

Graduado em História - UFMG

Mestre em História e Culturas Políticas - UFMG

Doutor em História Social da Cultura - PUC-Rio