O rigor científico: princípios elementares extraídos de Aristóteles no interesse da teologia

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Clodovis Boff

Resumo

Contra a tendência moderna de considerar como ciência apenas o conhecimento empírico-formal, e esse matematizado o quanto possível, deslegitimando, assim, os outros saberes, em particular o teológico, levantam-se aqui várias declarações de Aristóteles, mostrando que o rigor científico não é unívoco, mas analógico: ele se determina em função da natureza do objeto a ser conhecido. Essa seria uma regra epistemológica tão elementar que seu desconhecimento é taxado por aquele filósofo de apaideusia, ou seja, falta de formação básica na esfera do saber em geral. Para o Estagirita, um pepaideuménos, ou seja, um espírito bem educado exige para cada matéria apenas aquele tipo de rigor que a ela se adeque, cuidando em particular para não impor a tudo o rigor demonstrativo e menos ainda o matemático. Isso vale especialmente para a ciência teológica, cuja matéria, por ser transcendente, pede um rigor sui generis, que não deixa, contudo, de esposar, com toda fidelidade possível, os contornos próprios daquela matéria.

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Como Citar
BOFF, Clodovis. O rigor científico: princípios elementares extraídos de Aristóteles no interesse da teologia. HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião, Belo Horizonte, v. 13, n. 39, p. 1559–1579, 2015. DOI: 10.5752/P.2175-5841.2015v13n39p1559-1579. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/horizonte/article/view/P.2175-5841.2015v13n39p1559. Acesso em: 20 ago. 2025.
Seção
Artigos/Articles: Temática Livre/Free subject
Biografia do Autor

Clodovis Boff, PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Clodovis Boff, professor titular do departamento de Teologia da PUC do Paraná; Sacerdote da ordem dos Servos de Maria; Doutor em Teologia pela Universidade de Lovaina - Bélgica