O tempo messiânico em sua culminância potencial

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Adilson Felicio Feiler

Resumo

A temporalidade messiânica introduzida no pensamento de Paulo apresenta uma ruptura no tempo.   Mediante o intervalo entre o tempo cronológico e o tempo final – o tempo messiânico – se introduz uma ruptura na ruptura do próprio tempo. Esta ruptura torna a lei estranha e positiva, tal como compreendida por Hegel, em uma lei inoperosa alavancando a operosidade do uso. Logo, um uso operoso equivale a uma crítica à moral e uma ênfase à ação, portanto à ética. Diante disso, torna-se possível uma redenção das críticas de Nietzsche ao Apóstolo Paulo. O Paulo moralista de Nietzsche abre espaço a um Paulo que introduz, no tempo, um espaço onde a vida atinge a sua culminância potencial. Ou seja, viver o tempo do Messias requer a capacidade de ler, nos acontecimentos da vida presente, a atuação incessante do Messias, uma atuação que eleva a vida até a sua plenitude. Viver assim as coisas últimas é viver de modo diferente as coisas penúltimas, tal como São Paulo diz, é viver como se não vivesse. 

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Como Citar
FEILER, Adilson Felicio. O tempo messiânico em sua culminância potencial. HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião, Belo Horizonte, v. 14, n. 42, p. 543–556, 2016. DOI: 10.5752/P.2175-5841.2016v14n42p543. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/horizonte/article/view/P.2175-5841.2016v14n42p543. Acesso em: 1 set. 2025.
Seção
Artigos/Articles: Temática Livre/Free subject
Biografia do Autor

Adilson Felicio Feiler, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Graduado em Filosofia e Teologia pela FAJE, Mestrado em Filosofia pela Unisinos, Dotorado em Filosofia pela PUCRS. E atualmente Pós-doutorando pela PUCRS e Professor na Unisinos.