Política religiosa no Brasil

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Wellington Teodoro da Silva
Francis Albert Cotta

Resumo

Esse artigo apresenta o resultado de estudos sobre as relações entre religião e política no Brasil. Ele trata do tema específico da sacralização da política levada adiante pelo Estado Novo (1937-1945). Esse período político contou com ideólogos que se ocuparam de elaborar legitimações para a política nacional, bem como uma identidade/corpo da nação cujo líder/cabeça era Getúlio Vargas. Por meio do estudo do pensamento de Alcir Lenharo e o suporte de outros autores, espera-se demonstrar que os sentidos de mundo próprios da religião são passíveis de serem importados pela política para conferir-lhe uma dimensão sacralizante com vistas à sua efetividade. A novidade do tema para o caso brasileiro nos fez propor o texto na forma de uma aproximação teórica. Esperamos demonstrar que há um espaço não tratado no tema da secularização na política. Nossa jovem tradição investigativa é marcada mais pela separação das esferas religião e política do que pela distinção. Esperamos contribuir para propor uma nova pauta na agenda desses estudos brasileiros.

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Como Citar
SILVA, Wellington Teodoro da; COTTA, Francis Albert. Política religiosa no Brasil. HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião, Belo Horizonte, v. 14, n. 42, p. 627–641, 2016. DOI: 10.5752/P.2175-5841.2016v14n42p627. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/horizonte/article/view/P.2175-5841.2016v14n42p627. Acesso em: 31 ago. 2025.
Seção
Artigos/Articles: Temática Livre/Free subject
Biografia do Autor

Wellington Teodoro da Silva, PUC Minas

Doutor em Ciência da Religião. Professor de Cultura Religiosa da PUC Minas. Graduado em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (1999), mestre (2002) e doutor (2008) em Ciência da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2008); pós-doutor em História pela FAFICH / UFMG. É professor do Departamento de Ciências da Religião da PUC Minas, onde atua no mestrado em Ciências da Religião e na graduação com a disciplina Cultura Religiosa.Trabalha com os seguintes temas: Brasil República, Catolicismo Brasileiro, Catolicismo e revolução, religião e política, Cultura Religiosa, juventude, Estudo comparado das Religiões e extensão universitária. Presidente da Associação Brasileira de História das Religiões (2009-2015).

Francis Albert Cotta, Faculdade Pedro Leopoldo

Atua como Negociador de Crises e Mediador de Conflitos em Minas Gerais. Realizou pós-doutorado em Direito Penal e Garantias Constitucionais na Universidad Nacional de La Matanza (Argentina) e pós-doutorado em Psicologia na Universidade John F. Kennedy. É doutor com residência pós-doutoral em História (História Social da Cultura), ambos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Concluiu estágio de doutoramento no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (CAPES). Como membro do Grupo Escravidão e Mestiçagem, Trânsito de Culturas e Globalização da UFMG, foi pesquisador convidado na École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris). Integrante dos grupos de pesquisa: 1) História, Meio Ambiente e Questões Étnicas, da Universidade Federal de Campina Grande; 2) Estado de Exceção no Brasil Contemporâneo, da Faculdade de Direito da UFMG; 3) História do Crime, da Polícia e da Justiça Criminal, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); e no Núcleo de História Comparada e Estudos Interdisciplinares da UFRJ. Professor de Antropologia da Violência no Mestrado em Administração da Faculdade Pedro Leopoldo (FPL), e no Curso de Direito da FPL, onde leciona: Psicologia, Sociologia e Antropologia aplicadas ao Direito.