“NÃO PENSAMOS EM POLÍTICA, NOSSA REVOLUÇÃO SERÁ ESPIRITUAL”: Batistas e Ditadura Militar na Bahia - DOI - 10.5752/P.1983-2478.2014v9n15p81

Contenido principal del artículo

Luciane Silva de Almeida

Resumen

Resumo

O artigo[1] analisa as práticas e representações construídas pela Denominação Batista sobre o comunismo e o Governo Militar no Brasil e na Bahia. Parte-se das Campanhas de Evangelização e seu papel na demonstração da postura oficial dos batistas frente às movimentações políticas de 1964. Em seguida, discute-se como através do anticomunismo específico do grupo, das intervenções em favor do Governo Militar e da participação política, o grupo majoritário dos batistas baianos assumiu um importante papel de apoio ao Estado, indo de encontro à doutrina da separação entre Igreja e Estado defendida inicialmente. Por fim, há destaque para o importante papel exercido pelos batistas progressistas, em especial, um segmento da Juventude Batista Baiana que, nesta conjuntura, colocaram-se contrários ao posicionamento oficial das lideranças batistas das Convenção Batista Brasileira e Baiana.

Palavras-Chave: Batistas. Ditadura Militar. Anticomunismo. Bahia.

 

Abstract

The article examines the practices and representations constructed by the Baptist Denomination about communism and Military Government in Brazil and in Bahia. Beginning from the Evangelization Campaigns investigating its role for demonstrating the official position of the Baptists in relation to the political changes of 1964. Next, we discuss how through the interventions in favor of the Military Government, the anti-communism specific from the group,  and the political participation, the baianos Baptists assumed an important role in support of the state, going against the separation of church and state supported by the group. We also highlight the important role practiced by progressive Baptists, in particular, the Juventude Batista Baiana, that at this conjuncture, they positioned itself against the official stance of the Convenção Batista Brasileira e Baiana.

Keywords: Baptist.  Anticommunism . Ecumenism . Military Dictatorship.


[1] Este artigo contém parte dos resultados da pesquisa de mestrado da autora (ALMEIDA, 2011).  A dissertação encontra-se citada nas referências bibliográficas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
ALMEIDA, Luciane Silva de. “NÃO PENSAMOS EM POLÍTICA, NOSSA REVOLUÇÃO SERÁ ESPIRITUAL”: Batistas e Ditadura Militar na Bahia - DOI - 10.5752/P.1983-2478.2014v9n15p81. INTERAÇÕES, Belo Horizonte, v. 9, n. 15, p. 81–97, 2014. DOI: 10.5752/P.1983-2478.2014v9n15p81. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/interacoes/article/view/P.1983-2478.2014v9n15p81. Acesso em: 21 ago. 2025.
Sección
DOSSIÊ GOLPE CIVIL-MILITAR

Citas

ALMEIDA, Luciane S. O Comunismo é o Ópio do Povo”: Representações dos Batistas sobre o Comunismo, o Ecumenismo e o Governo Militar na Bahia (1963-1975). Dissertação de Mestrado. Feira de Santana: UEFS, 2011.

FERREIRA, Muniz. O Golpe de 64 na Bahia. 2009. Artigo disponível Em: http://www.fundaj.gov.br/licitacao/observa_bahia_02.pdf.

MARIANI, B. O PCB e a Imprensa: os comunistas no imaginário dos jornais (1922-1989).Campinas: Ed. da UNICAMP, 1998.

REILY, Duncan A. História Documental do Protestantismo no Brasil. São Paulo: ASTE, 2003.

REIS, Daniel Aarão. Ditadura Militar, Esquerdas e Sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. p. 27.

SÁ MOTTA, Rodrigo Patto. Em Guarda contra o Perigo Vermelho: o anticomunismo no Brasil (1917-1964). São Paulo: Perspectiva, 2002.

SILVA, Elizete da. Cidadãos de Outra Pátria: Anglicanos e Batistas na Bahia. Tese de Doutorado. São Paulo: USP, 1998.