O KAFKIANO ELOGIO DE ABRAÃO
Contenido principal del artículo
Resumen
Neste artigo abordamos uma carta de Franz Kafka escrita em 1921, na qual ele apresenta a seu amigo Robert Klopstock sua interpretação do personagem bíblico Abraão. Nosso objetivo é ressaltar o humor presente nessa interpretação kafkiana como uma das marcas pouco analisadas no judeu de Praga. Para tanto apresentaremos primeiramente o Elogio de Abraão proposto por Kierkegaard em seu Temor e Tremor afim de observar a possível influência do filósofo dinamarquês sobre as conclusões propostas pelo próprio Ka fka. Na sequência serão apresentadas as três principais figuras criadas por Kafka, a do Abraão incapaz de realizar sua função, mas que permanece sempre em prontidão; a do Abraão trapaceiro, que não termina suas funções na casa para não ter que realizar o q ue Deus lhe pede; e a do Abraão inseguro, que ouve o chamado, mas que não acredita que este lhe diga respeito. Ressaltamos nas três figuras kafkianas a intenção primordial dele em produzir uma outra forma de elogio, uma que se adequa melhor à sua sensibilidade permeada pelo humor judaico, que aquela da serenidade cristã proposta por Kierkegaard.
Descargas
Detalles del artículo
Los autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:
- Los autores conservan los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación, con la obra licenciada simultáneamente en virtud de la Licença Creative Commons Attributionque permite compartir el trabajo con el reconocimiento de la autoría y la publicación inicial en esta revista.
- Se permite a los autores asumir contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de la versión de la obra publicada en esta revista (por ejemplo, para publicarla en un depósito institucional o como capítulo de un libro), con reconocimiento de la autoría y la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y alienta a los autores a que publiquen y distribuyan su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (véase en inglés El efecto del acceso abierto).
Citas
AGAMBEN, G. O tempo que resta: Um comentário à Carta aos Romanos. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.
ALTER, R. Anjos necessários: Tradição e modernidade em Kafka, Benjamin e Scholem. Rio de Janeiro: Imago, 1992.
AUTOR. Franz Kafka e a angústia kierkegaardiana. Estudos filosóficos. São João del-Rei, n. 6, p. 131-49, 2011. Disponível em: <http://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/revistaestudosfilosoficos/art9_rev6.pdf>, acesso em 11 de janeiro de 2016.
AUTOR. O outro Abraão de Franz Kafka. Teoliterária. São Paulo, v. 4, n. 8, p. 12-22, 2014. Disponível em: , acesso em 11 de janeiro de 2016.
AUTOR. Messianismo na corda bamba: Apontamentos a partir de aforismos de Franz Kafka. In SPERBER, S.F. (Org.) Presença do sagrado na literatura: Questões teóricas e de hermenêutica. Campinas: UNICAMP-IEL, 2011, p. 125-133.
BENJAMIN, W.; SCHOLEM, G. Correspondência. São Paulo: Perspectiva, 1993.
BÍBLIA. Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 1995.
BRETON, A. Antologie de l’humour noir. Paris: Le livre de poche. 1970.
KAFKA, Franz. Nachgelassene Schriften und Fragmente II. Frankfurt: Fischer, 2002.
KAFKA, F. Brief an Robert Klopstock. Disponível em: <http://homepage.univie.
ac.at/werner.haas/1921/br21-020.htm>, acesso em 15 set. 2015.
KANT, Immanuel. Sobre um suposto direito de mentir por amor à humanidade. In: KANT. Textos seletos. 3.ed. Petrópolis: Vozes, 2005, p. 72-78.
KIERKEGAARD, S. A. Temor e tremor. In:KIERKEGAARD. Textos seletos. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 107-85 (Os pensadores).
LÖWY, M. Franz Kafka, sonhador insubmisso. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2005.
SCLIAR, M.; FINZI, P.; TOKER, E. (Orgs.). Do Éden ao Divã - Humor Judaico. São Paulo: Shalom, 1990.
VOLTAIRE. Abraão. In: VOLTAIRE. Dicionário Filosófico. 5.ed. São Paulo: Atena, 1959, p. 11-3.