A GEOGRAFIA DA ALMA INDÍGENA

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Emerli Schlögl

Resumo

Os povos das florestas, com suas mitologias, rituais e ética, estabelecem relações importantes entre sujeitos diversos: toda a criatura vegetal, animal, humana e mineral, bem como o vento, a terra, as estrelas, o fogo, o trovão, as águas, as montanhas, tornam-se os sujeitos desta relação, que se estabelece como sagrada. Desse modo os espaços são dotados de espírito e contêm em si uma diversidade de outros espíritos, todos eles sendo expressões da vida e portanto, companheiros, ajudantes. Certas vezes, quando zangados, interagem criando desarmonias e moléstias. Há nessa sacralidade espacial a aceitação das emanações polares do espírito, mas também há a busca do acordo, da harmonização do sujeito índio com o sujeito natureza. Daí resulta que as geografias são vivas, que a Mãe Terra é sagrada e que não há nada a partir dela que não o seja também.

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Como Citar
SCHLÖGL, Emerli. A GEOGRAFIA DA ALMA INDÍGENA. INTERAÇÕES, Belo Horizonte, v. 5, n. 7, p. 89–102, 2013. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/interacoes/article/view/6454. Acesso em: 21 ago. 2025.
Seção
Dossiê Geografia da Religião - nova abordagem (I)