Estranhas telas de sentido: a escrita de si e do outro na/pela linguagem
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2019v23n48p83-92Palavras-chave:
Texto. Escrita, Corpo. Vida. SentidosResumo
Como um exercício de escrita rebelde, aliás, como toda escritura deve ser em sua potência, este ensaio pretende encetar, a partir da peculiar visão autoral dos que assinam este texto, alguns conceitos-chave para cursos de leitura e produção de textos e outros cursos correlatos que são ofertados nas Universidades brasileiras. Sem pretender ser exaustivo, posto que ensaiamos, os autores, todos eles docentes-pesquisadores-escritores, povo de Letras e da Cultura, tecem suas compreensões acerca da língua\linguagem, da interface entre leitura e escrita, da formação docente na/para a escrita, do discurso, do(s) poder(es), da criação, da pesquisa, da ciência, da universidade, dentre outros desdobramentos e tópicos não menos relevantes. A metodologia é autoetnográfica - por falta de nome melhor, multirreferenciada e experimental valendo-se de memórias, digressões e, acima de tudo, da coragem, que entendemos indissociável da prática do pensar, para criar, teorizar e tensionar a partir de uma produção de conhecimento cujos horizontes epistemológicos permitem deslocar o que se queria findo, assentado, pronto.
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