Em literatura isso não é isso, mas aquilo
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2012v16n31p109Palavras-chave:
Estética, Humanismo, Poesia, Leitura, "Isso é aquilo",Resumo
Este artigo apresenta uma proposta de leitura do poema "Isso é aquilo", de Carlos Drummond de Andrade, experiência conjunta de leitores – professor e alunos – a ser realizada em sala de aula, tanto por alunos do ensino fundamental e médio quanto por alunos da modalidade de Educação de Jovens e Adultos – EJA. O pressuposto básico é o de que o texto literário, pela sua especificidade de objeto estético, por um lado, no qual a questão da forma, do como, desempenha papel intrínseco na constituição do sentido, proporciona ao seu leitor, justamente pela mediação estética, uma experiência formativa, humanizadora no sentido que Antonio Candido confere a este termo em seus textos "O direito à literatura" e "A literatura e a formação do homem" . Por outro lado, também por ser um sistema semiótico-linguístico, o texto literário, sua multiplicidade de formas, temáticas, estratégias, acaba por prover ao leitor um repertório diversificado que o ampara e prepara a ler qualquer outro tipo de texto. Para isso, a metodologia proposta neste artigo, cheirando a truísmo, é o de que literatura só se aprende a ler justamente quando se lê literatura, especialmente no caso de um poeta com uma vasta produção metapoética como é o caso de Carlos Drummond de Andrade.
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Referências
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