Por que não falte nunca onde sobeja, ou melhor, excesso e falta na lírica de Herberto Helder
Keywords:
Herberto Helder, Falta, Excesso, Camões, MovimentoAbstract
Herberto Helder, poeta dos mais notáveis que a contemporaneidade portuguesa viu cantar, confere à sua lírica vários traços peculiares, como a feitura duma obra longa que, entretanto, pode ser lida como um poema único, em perene estado de construção. Isso acusa uma alquímica concepção metamórfica presente na poética herbertiana, o que, por sua vez, revela alguns pontos de partida freqüentes, dentre os quais a falta e o excesso. Além disso, Herberco Helder é leitor de Camões, não por acaso poeta que cuida do que falta e do que sobeja; se leitor, pena à mão, é Herberto recorrente e primoroso dialogante, e isso permite que alguns exemplares da poesia camoniana sejam profícuos inauguradores da dicção do autor da Poesia toda no que ela tem, por exemplo, de erótico, de móvel e de atento a peculiaridades poéticas do mundo.
Downloads
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
By submitting any manuscript (articles, reviews, or interviews) authors automatically assign full copyrights to PUC Minas. Authors are requested to ensure:
• The absence of conflicts of interest (relations between authors, companies/ institutions or individuals with an interest in the topic covered by the article), as well as funding agencies or sponsoring institutions of the research that culminated in the article.
This file is licensed under the Creative Commons Attribution - Share Alike 4.0 International.