Secreta encruzilhada: duas vozes femininas que (se) (trans)formam (n)a poesia angolana
Palabras clave:
Literaturas africanas de língua portuguesa, Poesia angolana, Poesia, Feminino, Alda Lara e Paula Tavares.Resumen
Alda Lara e Paula Tavares são as poetas que melhor representam a literatura angolana de autoria feminina e, embora pertençam a gerações diferentes, suas obras se aproximam tanto pela abordagem temática, quanto pelo projeto de busca por uma identidade feminina. Neste texto, analisamos os poemas “Voz na encruzilhada” e “Presença africana”, de Alda Lara, e “Desossaste-me” e “Cerimónia secreta”, de Paula Tavares, para comprovar que a mulher, portadora de uma voz aparentemente silenciosa e marcada pelo cotidiano, pode se inscrever no espaço social e (trans)formá-lo. Nesse sentido, o título do presente texto, advindo do cruzamento dos poemas das duas autoras referidas e de um jogo de palavras, já revela a tensão entre o status quo – a tradição – e a ação sponte sua – a modernidade – que permeia o universo feminino angolano e faz dele uma “secreta encruzilhada”, ou seja, o produto de um exercício cíclico e dialético entre o ser e o estar, a formação e a transformação.
Descargas
Citas
ABDALA JUNIOR, Benjamin. De vôos e ilhas: literatura e comunitarismos. Cotia: Ateliê, 2003.
ALBUQUERQUE, Orlando. Buganvílias para a menina de Benguela. In: ALBUQUERQUE, Orlando. Cidade do Índico. Lisboa: Agência Geral do Ultramar, 1963.
ANGOLA. Lei Constitucional n. 00/0, de 14 abr. 2008. O presente documento visa estabelecer as linhas gerais da estrutura do governo e delineia os direitos e deveres dos cidadãos. Diário da República. Disponível em:<http://www.governo.gov.ao/abrirDownload.aspx?tipo=1&bdCampo1=ARQLGS&cod=278>. Acesso em: 20 dez. 2008.
BARTHES, Roland. Fragmentos de um discurso amoroso. Tradução de Hortênsia dos Santos. 4. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1984.
CÉSAR, Amândio. Alda Lara na moderna poesia de Angola. Braga: Edições do Templo, 1978.
DIAS, Maria Odila Leite da Silva. Novas subjetividades na pesquisa histórica feminista: uma hermenêutica das diferenças. Estudos Feministas, Rio de Janeiro, v.2, n.2, p. 373-382, 1994.
ERVEDOSA, Carlos. Roteiro da literatura angolana. Luanda: Edição da Sociedade Cultural de Angola, 1974.
ESTEVES, Eunice; RORIZ, Ana Maria. Ana Paula Tavares: uma poesia de resgate da mulher africana. Cadernos Cespuc de Pesquisa, Belo Horizonte, v. 11, p. 37-45, jun. 2003.
FERREIRA, Manuel. O discurso no percurso africano I. Lisboa: Plátano, 1989.
GALLOP, Jane. Além do falo. Cadernos Pagu, Campinas, n. 16, p.267-287, 2001.
GOMES, Raimundo Pimentel. Fruticultura brasileira. 13. ed. São Paulo: Nobel, 2006.
LARA, Alda. Os colonizadores do século XX. Mensagem. Boletim da Casa dos Estudantes do Império, Lisboa, v.1, p.2-10, 1948.
LARA, Alda. Poemas. 4. ed. Porto: Vertente, 1984.
ORLANDI, Eni Puccinelli. As formas do silêncio: no movimento dos sentidos. 6. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2007.
PINTO, Alberto Oliveira. Nós, os cabindas: Domingos José Franque e a história oral das linhagens de Cabinda. Lisboa: Novo Imbondeiro, 2006.
RIBAS, Óscar. Dicionário de regionalismos angolanos. Matosinhos: Contemporânea, 1997.
SALUSTIO, Dina. Mornas eram as noites. Lisboa: Instituto Camões, 1999.
SHOWALTER, Elaine. A crítica feminista no território selvagem. Tradução de Deise Amaral. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Org.) Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. p. 23-57.
SOIHET, Rachel. História, mulheres, gênero: contribuições para um debate. In: AGUIAR, Neuma (Org.). Gênero e ciências humanas: desafio às ciências desde a perspectiva das mulheres. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1997. p. 95-114.
TAVARES, Paula. Ritos de passagem. Luanda: União dos Escritores Angolanos, 1985.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
DECLARACIÓN DE DERECHO AUTORAL
Derechos autorales
El envío de cualquier colaboración implica, automáticamente, la cesión integral de los derechos autorales a PUC Minas. Se solicita a los autores que aseguren:
- inexistencia de conflicto de intereses (relaciones entre autores, empresas/instituciones o individuos con interés en el tema abordado por el artículo), y
- órgano o instituciones financiadoras de investigación que ha dado origen al artículo.