Divergências entre a construção passiva no português brasileiro e no inglês evidências de corpus oral
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2016v20n38p262Palabras clave:
Construção passiva, Gramática de construções, Análise de Corpora.Resumen
A visão transformacional na construção passiva não é esgota todas as suas possibilidades. Neste estudo, propomos uma visão construcional da construção, na qual ela é tomada como entidade teórica independente. Apesar de sintaticamente congruente no português brasileiro (PB) e no inglês, esta construção não pode ser tomada como equivalente uma vez que o PB apresenta uma opcionalidade para alcance de efeitos semântico-pragmáticos que são obtidos no inglês apenas através da construção passiva. Considerando-a como construção dentro da Gramática de Construções (GOLDBERG, 1995; 2006), foi feita uma análise de frequência da construção em corpora de fala do português brasileiro e do inglês, na qual foi atestada uma diferença distribucional. Conjectura-se, então, que a passiva recupere representações construcionais distintas no PB e no inglês.
Descargas
Citas
CHIERCHIA, G. A semantics for unaccusative and its syntactic consequences. In: ALEXIADOU, A.; ANAGNOSTOPOULOS, E.; EVERAERT, M. (orgs.). The Unaccusativity Puzzle – Explorations of the Lexicon-Syntax Interface. Oxford/New York: Oxford University Press, 2004.
CAMBRUSSI, M. F. Alternância Causativa de Verbos Inergativos no Português Brasileiro. Tese de Doutorado – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2009.
CYRINO, S. M. L. Construções com se e promoção de argumento no português brasileiro - uma investigação diacrônica. Revista da ABRALIN, v. 6, n.2, p. 85-116, 2007.
DAVISON, A. Peculiar passives. Language, v. 56, n. 1, p. 42-66, 1980.
DUARTE, Y. As passivas no português e no inglês: uma análise funcional. D.E.L.T.A., n. 6, v.2, p. 139-167, 1990.
DU BOIS, J. W.; CHAFE, W. L.; MEYER, C.; THOMPSON, S. A.; Englebretson, R.; Martey, N. Santa Barbara corpus of spoken American English, Parts 1-4. Philadelphia: Linguistic Data Consortium, 2000-2005.
ELLIS, N. C. Constructions, Chunking and Connectionism: The Emergence of Second Language Structure. In: DOWTY, C. J.; LONG, M. H. (Ed.). The Handbook of Second Language Acquisition. Malden, MA: Blackwell, p. 63-103, 2003.
GABRIEL, R. Mecanismos cognitivos envolvidos na aquisição e processamento de construções passivas. Caderno de Estudos Linguísticos, Campinas, n.45, p. 89-98, 2003.
GIVON, T. Syntax: A Functional-Typological Introduction, vol. II. Amsterdam: John Benjamins, 1990.
GOLDBERG, A. Constructions: A Construction Grammar Approach to Argument Structure. Chicago: University of Chicago Press, 1995.
GOLDBERG, A. Constructions at Work – The Nature of Generalizations in Language. Oxford/New York: Oxford University Press, 2006.
HAEGEMAN, L.; GUÉRON, J. English Grammar – A Generative Perspective. Malden, MA.: Blackwell, 1999.
HAWAD, H. F. A Voz Verbal e o Fluxo Informacional do Texto. D.E.L.T.A., n. 20, v.1, p. 97-121, 2004.
JUFFS, A. An overview of the second language acquisition of the links between verb semantics and morpho-syntax. In: ARCHIBALD, J. (Ed.). Second Language Acquisition and Linguistic Theory. Oxford: Blackwells, p. 187-227, 2000.
LEVIN, Beth. English Verb Classes and Alternations: A Preliminary Investigation. Chicago and London: The University of Chicago Press, 1993.
MAC-KAY, A.P.M.G. Atividade verbal: processo de diferença e integração entre fala e escrita. São Paulo: Plexus, 2000.
OLIVEIRA, C. S.; SOUZA, R. A. Uma exploração da aprendizibilidade da
construção resultativa do inglês por bilíngues do par linguístico português do Brasil e inglês. Confluência - Revista do Instituto de Língua Portuguesa, n. 43, p. 252-260, 2012.
RASO, T.; MELLO, H. C-Oral-Brasil I. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2012.
SAID ALI, M. O pronome “se”. In: SAID ALI, M. Dificuldades da Língua Portuguesa – 7ª ed. Rio de Janeiro: ABL, p. 101-119, 2008.
SANTOS, D. Podemos contar com as contas? In: ALUÍSIO, S.; TAGNIN, S. (eds.). New Language Technologies and Linguistic Research: A Two-way Road. Cambridge: Cambridge Scholars Publishing, p. 194-213, 2014.
SOUZA, R.; MELLO, H. Realização argumental na língua do aprendiz de línguas estrangeiras – possibilidades de exploração da interface entre semântica e sintaxe.Revista Virtual de Estudos da Linguagem – ReVEL, n. 5, 2007. ISSN 1678-8931 [www.revel.inf.br].
TSENG, J. English Prepositional Passive Constructions. In: MULLER, S. (Ed.). Proceedings of the 14th International Conference on Head-Driven Phrase Structure Grammar, Stanford Department of Linguistics and CSLI’s LinGO Lab. Stanford, CA: CSLI Publications, p. 271-286, 2007.
VAN RIEMSDIJK, H.; WILLIAMS, E. Introduction to the Theory of Grammar. Cambridge, MA.: The MIT Press, 1986
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
DECLARACIÓN DE DERECHO AUTORAL
Derechos autorales
El envío de cualquier colaboración implica, automáticamente, la cesión integral de los derechos autorales a PUC Minas. Se solicita a los autores que aseguren:
- inexistencia de conflicto de intereses (relaciones entre autores, empresas/instituciones o individuos con interés en el tema abordado por el artículo), y
- órgano o instituciones financiadoras de investigación que ha dado origen al artículo.