A DOCÊNCIA NA ENGENHARIA AGRONÔMICA
reflexões sobre gênero à luz do materialismo histórico-dialético
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2318-7344.2023v11n20p96-120Palavras-chave:
Engenharia agronômica, Docência, Gênero, Divisão sexual do trabalho, Materialismo histórico-dialéticoResumo
Neste artigo apresentam-se os resultados finais da pesquisa de mestrado que tratou o trabalho docente exercido por mulheres formadas em engenharia agronômica tendo como referencial teórico Karl Marx, Heleieth Saffioti e Helena Hirata. Se por um lado, a masculinização da engenharia sobressalta a divisão sexual do trabalho, por outro lado, a feminização da docência faz com que se tenha a falsa impressão de que em tal profissão não exista divisão sexual do trabalho. Além da fundamentação teórica e da revisão bibliográfica, entrevistou-se as docentes do curso de Engenharia Agronômica da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Concluiu-se que as mulheres, embora venham conquistando espaços cada vez maiores na Engenharia Agronômica, ainda precisam vencer muitos obstáculos devido ao seu gênero. Outrossim, à docência embora seja uma profissão feminilizada, observou-se reflexos da divisão sexual do trabalho que corroboram com a teoria do Teto de Vidro.