Religiosidade e saúde mental: evolução da depressão em pacientes segundo o nível de envolvimento religioso
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Resumo
A presente dissertação tem como objetivo principal estudar as relações entre a depressão moderada a grave e a religiosidade nos sujeitos da contemporaneidade. Para isso, foram entrevistados e colhidos dados de onze pacientes através de instrumentos padronizados e validados de pesquisa (escalas). O nível de depressão também foi medido 60 a 90 dias depois, para se fazer correlações com o nível de melhora da depressão e o nível de religiosidade intrínseca. Os resultados mostraram que maior nível de envolvimento religioso medido pela escala de religiosidade intrínseca não esteve implicado em maior melhora da depressão, nem em piora. Porém, constatou-se que maior nível de envolvimento religioso foi associado a menores níveis de depressão no início do estudo, de forma significativa. A partir de alguns referenciais da psicologia da religião, conclui-se que a religiosidade possui pouco ou nenhum efeito na melhora de pessoas com depressão moderada a grave. Entende-se que isso ocorre porque a religiosidade perdeu muito de sua força na contemporaneidade, além de fatores biológicos e psicológicos que tornam a depressão, depois que atinge certa gravidade, imune aos efeitos da religião. No entanto, como os sujeitos mais religiosos tenderam a ter menores níveis de depressão no início do estudo, conclui-se que se a religião não melhora pelo menos ela tem um efeito atenuante no surgimento do quadro, que se não fosse a religiosidade seria bem mais grave. Assim, a religiosidade de fato proporcionou aos sujeitos uma maneira eficaz de diminuir os sintomas depressivos, através do enfrentamento (coping) do estresse e fazendo com que a experiência depressiva tenha algum significado no crescimento espiritual do sujeito, através da sua ressignificação. Termina-se enfatizando a dimensão do cuidado espiritual, que poderá trazer mais qualidade no atendimento dos profissionais de saúde.
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