Mercado religioso e mercado como religião

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Jung Mo Sung

Resumo

A teoria do mercado religioso parte da constatação do pluralismo religioso e chega à conclusão que, em tal situação, religião se torna um assunto de escolha pessoal ou familiar e se estabelece uma situação de concorrência entre as religiões subordinada à lógica da economia de mercado. Assim, as religiões reduzidas à esfera da vida privada não podem mais realizar a função tradicional das religiões de legitimar a totalidade da ordem social. Este artigo analisa a tese da subordinação da religião à lógica da economia de mercado e propõe como hipótese de que a tradicional função da religião de “absolutizar o relativo e legitimar o arbitrário” é exercida hoje pelo próprio sistema de mercado capitalista e que, por isso, a lógica da economia de mercado se tornou o modo de pensar “natural” nos dias de hoje, até mesmo para pensar a religião. Para isso, dialoga principalmente com o pensamento de P. Berger, P. Bourdieu, M. Weber, W. Benjamin, K. Marx, F. Hinkelammert, H. Assmann e mostra como o tema da fé no e sacralização do mercado aparece nos discursos dos economistas.

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Como Citar
SUNG, Jung Mo. Mercado religioso e mercado como religião. HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião, Belo Horizonte, v. 12, n. 34, p. 290–315, 2014. DOI: 10.5752/P.2175-5841.2014v12n34p290. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/horizonte/article/view/P.2175-5841.2014v12n34p290. Acesso em: 17 abr. 2025.
Seção
Artigos/Articles: Dossiê/Dossier
Biografia do Autor

Jung Mo Sung, UMESP

Doutor em Ciências da Religião, com estudos pós-doutorais em Educação. Professor do PPG-Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo.