Pluralismo no cristianismo primitivo em Éfeso: tensões e estratificações

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José Adriano Filho
Paulo Augusto de Souza Nogueira

Resumo

No cristianismo dos primeiros séculos encontramos uma pluralidade de escolas e correntes, com luzes e sombras e notáveis conflitos. Considerando isto, este artigo oferece algumas reflexões e análises sobre a existência de pluralismo religioso no cristianismo primitivo na cidade de Éfeso, a capital da província romana da Ásia Menor, sede guardiã do culto imperial. Ele destaca as formas de articulação cultural, sua relação com o poder religioso e político imperial e das regiões nos quais se desenvolveram. Focaliza as formas populares do cristianismo primitivo, entendido como representante do estrato intermediário, ou seja, letrado, mas não erudito, porém capaz de expressar práticas e representações de um conjunto maior de pessoas das camadas subalternas da sociedade. As narrativas analisadas nos oferecem um acesso privilegiado a memórias do pluralismo religioso na cidade de Éfeso nos dois primeiros séculos da era cristã.

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Como Citar
ADRIANO FILHO, José; NOGUEIRA, Paulo Augusto de Souza. Pluralismo no cristianismo primitivo em Éfeso: tensões e estratificações. HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião, Belo Horizonte, v. 13, n. 40, p. 1930–1954, 2015. DOI: 10.5752/P.2175-5841.2015v13n40p1930. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/horizonte/article/view/P.2175-5841.2015v13n40p1930. Acesso em: 13 maio. 2025.
Seção
Artigos/Articles: Dossiê/Dossier
Biografia do Autor

José Adriano Filho, Faculdade Unida de Vitória - ES

Graduado em Teologia - STJV/FLAM (1989), licenciado em Letras pela Universidade Estadual de Londrina - UEL (2006), mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo - UMESP (1993), doutor Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo - UMESP (2000), doutor em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (2013). Atualmente é professor da Faculdade Unida de Vitória. Tem experiência na área de Teologia, com ênfase em exegese bíblica, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura apocalíptica, novo testamento, cristianismo dos primeiros séculos e hermenêutica

Paulo Augusto de Souza Nogueira, UMESP

Doutor em Teologia pela Universidade de Heidelberg (Ruprecht-Karls), fez estudos pós-doutorais em História no NEE/Unicamp. É professor titular da Pós-graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo desde 1991. Atua como docente e pesquisador na área das Ciências da Religião, na Área de Concentração Linguagens da Religião, com ênfase em história e literatura do cristianismo primitivo. Concentra suas pesquisas nos gêneros narrativos do cristianismo primitivo e nas estruturas imagéticas dos textos apocalípticos na antiguidade. Também estuda as repercussões da literatura bíblica na antiguidade tardia e no mundo medieval, em especial na lendária, hagiografia, nos relatos visionários e na iconografia. Por interessar-se pelos processos de produção de textos criativos e imaginativos na cultura, estuda também tópicos de semiótica da cultura, de cultura visual e de estruturas da linguagem mítica e ritual.