O Conceito de Ética no Candomblé

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Volney José Berkenbrock

Resumo

Este texto irá apresentar os pressupostos para se pensar o conceito de ética na religião do Candomblé e de sua visão de mundo. Na visão de mundo do Candomblé, a existência é dividida em dois níveis: o Orum e o Aiyê. A realidade finita, individualizada e histórica é a existência Aiyê. Mas esta é uma existência que tem sua origem no Orum, a realidade permanente. No Orum tudo existe sempre. Quem administra as existências individualizadas são as forças chamadas de Orixás. Cada ser humano é filho ou filha de um Orixá. A ética no Candomblé se constrói a partir da relação entre o adepto e o seu Orixá. Não há assim no Candomblé uma ética de valores ou de princípios. A ética no Candomblé é uma ética relacional. Ela depende da relação de cada pessoa com o seu Orixá e da manifestação deste. Depende também do estágio de iniciação do fiel, pois cada estágio gera diferentes obrigações. A relação do adepto com o seu Orixá tem por objetivo alcançar uma existência em equilíbrio, numa busca que é constante e dinâmica.

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Como Citar
BERKENBROCK, Volney José. O Conceito de Ética no Candomblé. HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião, Belo Horizonte, v. 15, n. 47, p. 905–928, 2017. DOI: 10.5752/P.2175-5841.2017v15n47p905. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/horizonte/article/view/P.2175-5841.2017v15n47p905. Acesso em: 13 maio. 2025.
Seção
Artigos/Articles: Temática Livre/Free subject