Dossiê: Interculturalidade, religião e educação: perspectivas de libertação e diálogo
Ementa:
A América Latina tem sido um território de resistência e luta contra as diversas formas de colonialidade: do poder, das condições e possibilidades humanas (do ser), do saber, da natureza e da mente. Esse espaço carrega uma rica herança teórica e prática que busca pensar e agir na perspectiva da libertação, por meio do diálogo e da educação.
Pensadores como José Martí, Manuel Bomfim, Darcy Ribeiro, Enrique Dussel, Paulo Freire, Anibal Quijano, Walter Mignolo, Raúl Fornet-Betancourt, Ricardo Salas Astrain, Fidel Tubino, Josef Estermann, Catherine Walsh, entre outros, têm oferecido reflexões e propostas transformadoras para a construção de uma sociedade justa, solidária e liberta das colonialidades.
Entre os conceitos que têm influenciado o pensamento libertário, destaca-se a interculturalidade, que pode ser funcional ou crítica. De uma maneira bem simplificada, ela propõe relações simétricas e horizontais entre as culturas, fomentando um diálogo que enriquece mutuamente. Na visão de Estermann, o objetivo da interculturalidade é a humanização, uma vida plena para todas as pessoas e para a natureza, a capacidade de convivência social e ecohumana.
Este dossiê propõe discutir a interculturalidade e suas articulações com temas como educação, religião e ensino religioso escolar, especialmente sob a ótica da libertação e do diálogo. Também são bem-vindas abordagens que relacionem interculturalidade a juventudes, ecologia, bem-viver, política e outras concepções teóricas e práticas libertárias. O objetivo é fomentar reflexões críticas e inovadoras que contribuam para pensar a transformação social e cultural na América Latina.
Prazos:
Maio/Ago. 2025 – Vol. 24, n°. 74 - Submissão até 30 de março de 2025
Proponentes:
Ângela Cristina Borges
David Francisco L. Gomes
Giseli do Prado Siqueira
Paulo Agostinho N. Baptista
Ricardo Salas Astrain