The religious discourse of the Tupi Letters (1645)
Main Article Content
Abstract
The Tupi Letters are rare colonial documents that were written in the ancient Tupi language and present the conversation of four important indigenous chiefs of the Potiguara folk, Antonio Felipe Camarao, Diogo Pinheiro Camarao, Pedro Poti and Diogo da Costa, who were captains during the context of Dutch Brazil (1630-1654). This paper analyzed the religious discourse of Camarões and the Costa, which were Catholic, and of Poti, which was Calvinist, in which, through the appeal to faith, they tried to convince each other to defect and join their cause. Such an event occurred during the battles of the Brazilian Restoration War (1645-1654), in which the Portugueses tried again to expel the Dutchmen. The letters reflect not only the war scenario of the time, but mainly the religious mentality of the period, referring to the context of religious wars.
Downloads
Article Details

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
There is access to:
Share — copy and redistribute the material in any medium or format Adapt — remix, transform, and build upon the material for any purpose, even commercially. The licensor cannot revoke these freedoms as long as you follow the license terms. Under the following terms:
Attribution — You must give appropriate credit, provide a link to the license, and indicate if changes were made. You may do so in any reasonable manner, but not in any way that suggests the licensor endorses you or your use.No additional restrictions — You may not apply legal terms or technological measures that legally restrict others from doing anything the license permits.
I acknowledge that Horizonte is licensed under a CREATIVE COMMONS LICENSE - ATTRIBUTION 4.0 INTERNATIONAL (CC BY 4.0):
References
BOXER, Charles Ralph. Os holandeses no Brasil: 1624-1654. São Paulo: Cia. Ed. Nacional, 1961. (Coleção Brasiliana, vol. 312)
BRITO, Sylvia Brandão Ramalho de. A dialética do castigo: histórias de um frade no Brasil holandês. João Pessoa, 2012. 175f. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal da Paraíba.
CALADO, Manuel. O Valeroso Lucideno e Triunfo da Liberdade. Lisboa: Paulo Craesbeeck, 1648.
CASTRO, Eduardo Viveiro de. O mármore e a murta: sobre a inconstância da alma selvagem. Revista de Antropologia (USP), São Paulo, v. 35, p. 21-74, 1992.
CERTEAU, Michel de. A escrita da história. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1982.
CORVISIER, André. Armies and societies in Europe, 1494-1789. Translation Abigail T. Siddall. Bloomington: Indiana University Press, 1979.
COSTA, Bruno Balbino Aires da. A retórica da naturalidade: a pátria de Felipe Camarão como um problema historiográfico. Anos 90, Porto Alegre, v. 26, p. 1-15, 2019.
COSTA, Regina de Carvalho Ribeiro da. A prática discursiva potiguara em meio às guerras luso-holandesas: A participação política dos brasilianos. Acervo, Rio de Janeiro, v. 34, n. 2, p. 1-23, 2021.
ELIAS, Juliana Lopes. Militarização indígena na Capitania de Pernambuco no século XVII: o caso Camarão. Recife, 2005. 164f. Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal de Pernambuco.
ERICKSON, Millard J. Teologia Sistemática. Tradução de Robinson Malkomes, Valdemar Kroker e Tiago Abdalla Teixeira Neto. São Paulo: Vida Nova, 2015.
HEIJER, Henk den. The Dutch West India Company, 1621-1791. In: POSTMA, Johannes; ENTHOVEN, Victor (eds.). Riches form Atlantic commerce: Dutch Transatlantic Trade and Shipping, 1585-1817. Leiden/Boston: Brill, 2003, p. 77-114.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. Tradução Laura Fraga de Almeida Sampaio. 5. ed. São Paulo: Edições Loyola, 1999.
GARCIA, Rodolfo (org.). Obras do Barão do Rio Branco VI: Efemérides Brasileiras. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2012.
HULSMAN, Lodewijk. Índios do Brasil na República dos Países Baixos: as representações de Antônio Paraupaba para os Estados Gerais em 1654 e 1656. Revista de História (USP), São Paulo. n. 154, p. 37-69, 2006.
JESUS, Rafael de. Castrioto Lusitano ou história da guerra entre Brazil e a Hollanda, durante os anos de 1624 a 1654. 2ª ed. Paris: publicado por J. P. Aillaud, 1844.
KASCHEL, Werner; ZIMMER, Rudi. Dicionário da Bíblia de Almeida. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.
LE GOFF, Jacques. O Deus da Idade Média: Conversas com Jean-Luc Pouthier. Tradução de Marcos de Castro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.
LIMA, Danilo Pereira. O leviatã e as guerras religiosas no século XVII: uma análise do estado absolutista a partir de Thomas Hobbes. Revista do Direito Público. Londrina. v. 19, n. 1, p. 9-30, 2015.
MARAVALL, José Antônio. A cultura do Barroco: Análise de uma Estrutura Histórica. Tradução Silvana Garcia. São Paulo: Editora da USP, 2009.
MELLO, Evaldo Cabral de. O Brasil holandês. São Paulo: Penguin Classics, 2010.
MELLO, José Antonio Gonsalves de. Tempo dos flamengos: influência da ocupação holandesa na vida e na cultura do norte do Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro: Topbooks/Instituto Ricardo Brennand, 2001.
MEUWESE, Mark. Brothers in Arms, Partners in Trade: Dutch-indigenous Aliances in the Atlantic World, 1595-1674. Leiden: Brill, 2012.
MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa. 37. ed. São Paulo: Cultrix, 2008.
MOONEN, Frans; MAIA, Luciano Mariz (orgs.). Etnohistória dos índios Potiguara. João Pessoa: Procuradoria da República na Paraíba/Secretaria da Educação e Cultura do Estado da Paraíba, 1992.
NAVARRO, Eduardo de Almeida. Transcrição e tradução integral anotada das cartas dos índios Camarões, escritas em 1645 em tupi antigo. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, Belém. v. 17, n. 3, p. 1-49, 2022.
NIEUHOF, Johann. Memorável viagem marítima e terrestre pelo Brasil. Tradução de Moacir N. Vasconcelos, introdução, revisão e notas de José Honório Rodrigues. São Paulo: Livraria Martins, 1942.
OLIVEIRA, Leandro Vilar. Guerras luso-holandesas na Capitania da Paraíba (1631-1634): um estudo documental e historiográfico. João Pessoa, 2016. 255f. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal da Paraíba.
OLIVEIRA, Leandro Vilar. “Cruzada Brasílica”: o discurso bélico-religioso de clérigos durante o Brasil Holandês. Clio: Revista de Pesquisa Histórica. Recife. v. 39, p. 397-419, 2021a.
OLIVEIRA, Leandro Vilar. A Insurreição Paraibana contra os holandeses (1645-1647): uma síntese histórica. Revista do IHGB, Rio de Janeiro, a. 182, n. 486, p. 15-42, 2021b.
ORLANDI, Eni P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 10. ed. Campinas: Pontes Editores, 2012.
POMPA, Cristina. Religião como tradução: missionários, Tupi e Tapuia no Brasil colonial. Bauru: EDUSC, 2003.
SAMPAIO, Theodoro. Cartas tupis dos Camarões. Revista do Instituto Archeologico e Geographico Pernambucano, Recife. v. XII, n. 68, p. 201-305, 1906.
SARAIVA, Antônio José. História da literatura portuguesa. 16. ed. Lisboa: Porto Editora, 1993.
SCHWARTZ, Stuart B. The Voyage of the Vassals: Royal Power, Noble Obligations, and Merchant Capital before the Portuguese Restoration of Independence, 1624-1640. The American History Review, Oxford. v. 96, n. 3, p. 735-762, 1991.
SOUTO MAIOR, Pedro. Fastos Pernambucanos. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro. t. LXXV, parte I, p. 259-504, 1913.
VAINFAS, Ronaldo. A heresia dos índios: catolicismo e rebeldia no Brasil colonial. 2. reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
VAINFAS, Ronaldo (org.). Dicionário do Brasil Colonial (1500-1808). Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
VAINFAS, Ronaldo. O Plano para o Bom Governo dos Índios: um jesuíta a serviço da evangelização calvinista no Brasil holandês. Clio. Recife. n. 27, v. 2, p. 145-162, 2009.
VIRAÇÃO, Francisca Jaquelini de Souza. Igreja Reformada Potiguara (1625 – 1692). A Primeira Igreja Protestante do Brasil. São Paulo, 2012. 98f. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Presbiteriana Mackenzie.