Economia e turismo religioso: o fenômeno das peregrinações aos santuários marianos. 2018. Dissertação (Mestrado) - Mestrado em Economia, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (Departamento de Gestão e Economia), Universidade da Beira Interior, Covilhã Portugal.

Resumen

Há séculos as peregrinações estão presentes no cristianismo. Para os católicos é indiscutível a importância das devoções e visitações aos santuários marianos. O número de pessoas que visitam e peregrinam a esses espaços influenciam a economia local. Para compreeder os determinantes economicos do turismo religioso mariano foi estudado o Santuário de Fátima (Portugal). Dado o grande acervo de informações estatísticas do santuário português, verificou-se, através do modelo Vector Autoregressive, que o Produto Interno Bruto e o desemprego influenciam unidirecionalmente as peregrinações. O modelo Autoregressive Distributed Lag revelou que o aumento do Produto Interno Bruto e das chegadas internacionais no curto prazo impactam positivamente o número de peregrinos. Por meio da regressão Ordinary Least Squares foram encontradas relações estatísticas significantes entre fatores climáticos (volume de chuva e temperatura média) e o número de visitantes do Santuário de Fátima. O método de previsão Sazonal Autoregressive Integrated Moving Average foi aplicado para o número de peregrinos do Santuário de Fátima. O mesmo método também foi aplicado para o Santuário de Aparecida (Brasil), porém a informação estatística era composta pelo número  de  visitantes  mensais.  Os resultados revelam uma forte sazonalidade nas

peregrinações e visitações. Revelam ainda que os primeiros e últimos meses do ano são os períodos de baixa procura. Este estudo permite um novo olhar para o turismo religioso em contexto mariano, os resultados empíricos possibilitam aos responsáveis por estabelecer políticas públicas, agentes do turismo e a administração dos santuários que direcionem suas ações. As ações desenvolvidas em conjunto podem beneficiar os residentes, visitantes, peregrinos, o setor do turismo, a economia local e os próprios santuários.