A ação de “ser movido de compaixão” (σπλαγχνίζομαι) no diálogo de Jesus com o legista (Lc 10,25-37) e na narrativa do samaritano compassivo (Lc 10,30-35)
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Abstract
A narrativa do samaritano compassivo (Lc 10,30-35) se encaixa na discussão sobre as características do verdadeiro seguidor, central no capítulo 10 do Evangelho. Nessa história, a atitude do discípulo está indissociavelmente ligada à compaixão, que ocupa um papel fundamental na estrutura do relato. O presente artigo oferece um avanço na compreensão do uso verbo σπλαγχνίζομαι (“ser movido de compaixão”) em Lc 10,25-37 a partir de uma análise narrativa da perícope, focalizando o papel do verbo no enredo e sua interpretação à luz de seu contexto literário. Após a análise dos elementos estilísticos e narrativos do relato, apresentamos a importância de “ser movido de compaixão” na história do samaritano compassivo (Lc 10,25-37), na delimitação ampla da perícope do diálogo de Jesus com o legista (10,25-37), no enredo amplo do caminho para Jerusalém, iniciado em Lc 9,51, e no Evangelho de Lucas. O verbo “ser movido de compaixão” é particularmente escolhido para compor a caminhada para Jerusalém, vinculando os missionários, o legista e o samaritano e ilustrando a marca dos pequeninos que herdam o céu: a compaixão.
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