Sobre a cognição visual
Palavras-chave:
Sensação, Percepção, Cognição visual, Olho, Células fotorreceptoras, Cores.Resumo
No presente texto, propõe-se discutir alguns aspectos da atividade cognitiva do homem, enquanto processos corporificados pela atividade sensóriomotora e pela sua elaboração em nível perceptivo. Destaque especial será dado à percepção visual, como padrão cognitivo com ampla extensão para o conhecimento humano. Relata-se uma trajetória por diversos autores – Berkeley, Locke, Leibniz, Hume, Descartes, Kant – que discutiram a questão da “aquisição” do conhecimento e de formulações específicas sobre a importância do olho para a cognição. De modo específico, abordam-se diversas teorias, a partir da Renascença – Newton, Goethe, Schopenhauer, Descartes, Berkeley, Helmoholtz, Adams, Hering, Müller –, que permitiram uma compreensão das dimensões funcionais do olho – cones e bastonetes – na percepção. Ressalta-se nesta discussão a importância assumida pela percepção e compreensão das cores.
Downloads
Referências
AQUINO, São Tomás de. Summa Theologicae: Ad corpore. 1ª parte, q. 67, p. 1273.
BERKELEY, G. Tratado sobre os princípios do conhecimento humano (1710). 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1984. Coleção: Os pensadores.
CARTERETTE, E. G.; FRIEDMAN, M. P. (Ed.) Handbook of perception. Tasting and smelling. V. VI-A, New York: Academic Press, 1978.
CLARK, A. Perception: color. In: BECHTE, W.; GRAHAM, G. A companion to cognitive science. Malden, Mass: Blackwell, 1998.
DESCARTES, R. (1824) La diopthique. Discours sixième. In: DESCARTES, R. Oeuvres de Descartes. Paris: Victor Cousin, [s.d.].
DRETSKE, F. Seeing, believing, and konowing. In: OSHERSON, D. N. et al. Visual cognition and action: an invitation to cognitive science. V. 2. Cambridge, Mass: The MIT Press, 1990.
GOETHE, J. W. (1813) Doutrina das cores. São Paulo: Nova Alexandria, 1993.
GORDON, I. E. Theories of visual perception. New York: John Wiley & Sons, 1989.
GREGORY, R. L. (Ed.). Colour vision: brain mechanisms: In: The Oxford Companion to the Mind. Oxford: [s.n.], 1987. p. 150-154.
GREGORY, R. L. Eye and brain. The psychology of seeing. 5. ed. Princenton: University Press. Princenton, 1996.
HELMHOLZ, Hermann von. Recent progress in the theory of vision (1868). In: KAHL, R. (ed.) Selected writings of Hermann von Helmholtz. Connecticut: Wesleyan University Press, 1971. p.144-222.
HILBERT, D, R. Color and color perception. Stanford: Stanford University Press, 1959.
JUDD, D. B. Fundamental studies of color vision from 1860 to 1960. USA: Proc Natl Acad Sci , 1966.
KUEHNI, Rolf G. Color. An introduction to practice and principles, 2. ed. New Jersey: John Wiley and Sons Inc., 2005.
LE GRAND, Y. History of research on seeing. In: CARTERETTE, E. C.; FRIEDMAN, M. P. Handbook of perception: Seeing, v. V, New York: Academic Press, 1975.
MEYER, Philippe. O olho e o cérebro. Biofilosofia da percepção visual. São Paulo: UNESP, 2002.
MOORE, B. C.J. An introduction to the psychology of hearing. 4 ed. California: Academic Press, 2001.
NASSAU, Kurt. The causes of color. In : BYRNE, A.; HILBERT, D. R. (Ed.). Readings on Color: the science of color. Cambridge: The MIT Press, 1997. p. 3-30.
NEWTON, I. Optics. A treatise of the reflexions, refractions, inflexions and colours of light : L 1, P 1, 1704.
PEIRCE, C. S. As categorias Universais: conferências sobre pragmatismo – Conferência II. São Paulo: Abril, 1980. p. 17-24. Col. Os pensadores.
THOMPSON, E. Colour Vision. A study in cognitive science and the philosophy of perception. London: Routeledge, 1995.
WADE, Nicholas J. A natural history of vision. Cambridge: The MIT Press, 1999.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O envio de qualquer colaboração implica, automaticamente, a cessão integral dos direitos autorais à PUC Minas. Solicita-se aos autores assegurarem:
- a inexistência de conflito de interesses (relações entre autores, empresas/instituições ou indivíduos com interesse no tema abordado pelo artigo), e
- órgãos ou instituições financiadoras da pesquisa que deu origem ao artigo.
- todos os trabalhos submetidos estarão automaticamente inscritos sob uma licença creative commons do tipo "by-nc-nd/4.0".