“Manifiesta no saber firmar, nacido: 31 de diciembre” de Estercilia Simanca Pushaina
o nome próprio como território
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2023v27n61p163-187Keywords:
Estercilia Simanca Pushaina, Wayuu, Nome, Território, TerraAbstract
Este artigo tem como objetivo a análise do conto “Manifiesta no saber firmar, nacido: 31 de diciembre” (2010), da escritora colombiana Estercilia Simanca Pushaina. No referido conto, a autora, indígena wayuu, trata da relação entre seu povo e a exploração estabelecida pelos alijuna, denominação na língua wayuunaiki para os não indígenas. O enfoque deste estudo é a relação entre nome próprio e seu apagamento para a demarcação de um território. Ao denunciar uma prática comum na região – a troca dos nomes originais dos wayuu e padronização das datas de nascimento – o conto escancara os detalhes que colocam a comunidade em situações de desamparo frente à sociedade da época. Para a análise da conexão entre território e nome próprio, nos basearemos nas reflexões de Glissant (2021) sobre os sistemas de hierarquização coloniais, além das relações entre a binariedade e as diferentes formas de exploração existentes para a manutenção do sistema capitalista.
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