Osman Lins, a leitura subjetiva e o ensino de literatura
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2023v27n59p327-353Palabras clave:
Osman Lins, A Rainha dos Cárceres da Grécia, Leitura literária, Leitura subjetivaResumen
A Rainha dos Cárceres da Grécia, de Osman Lins (1976), é, sem dúvida, um dos livros que melhor abordam a questão da leitura literária, em suas diversas facetas. Esse livro, em que o narrador escreve, em um diário, comentários sobre um romance nunca publicado desencadeia um leque de reflexões sobre a interpretação e sobre o importante papel desempenhado por quem lê na construção da obra de literatura. O propósito do artigo é mostrar como, ao colocar em movimento uma concepção mais criativa e identitária da leitura, o livro pode repercutir no ensino de literatura, dialogando com a leitura subjetiva, abordagem teórica francesa que se propõe a ressignificar o texto literário na escola.
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