Cheer
Um documentário memorialístico para pensar as relações de poder e gênero no esporte
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2237-9967.2024v13n23p116-131Palavras-chave:
Cheerleading, Produtos memorialísticos, Gênero, Relações de poderResumo
O artigo busca analisar como se dão as disputas de memória acerca dos relatos presentes na série documental “Cheer”, lançada em 2020 pela Netflix, abordando questões de gênero e relações de poder presentes no esporte. Compreendemos que a série se configura como um produto memorialístico e, por este motivo, a análise do material foi feita a partir dos relatos de memória presentes na produção. São acionados conceitos como memória, lugar de memória e disputas de memórias, além de acionar discussão sobre gênero e relações de poder para a análise discursiva dos relatos presentes nas duas temporadas. A partir disso, identificamos as disputas de sentidos, as controvérsias e os atravessamentos de outras memórias que extrapolam o roteiro, possibilitando uma arena de novas disputas acerca da memória sobre Cheerleading e a série.
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