Ocularcentrismo
Visão e Interpelação em "O Lobo de Wall Street"
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2237-9967.2025v14e35610Palavras-chave:
capitalismo, Martin Scorsese, ocularcentrismo, sensorialidade, CinemaResumo
O artigo apresenta a relação entre sensorialidade e endereçamento ao espectador por meio do filme “O Lobo de Wall Street”, de Martin Scorsese. Exploraremos a noção de ocularcentrismo para estudar o modo como a interpelação no mundo Ocidental é construída, ao mesmo tempo em que apresentamos as lacunas da concepção. Por outro lado, demonstraremos como o filme explora justamente os pressupostos do ocularcentrismo para desestabilizar a posição distanciada do espectador. No processo, o longa explora questões de consumo, desejo e sensorialidade criticamente, por uma via que não se reduz apenas ao discurso, mas que se revela também afetiva.
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