O jornalismo estampa a miséria: encarceramento identitário e ‘espetacularização’ da pobreza

Autores

  • Luiza Gould Universidade Federal Fluminense
  • Carla Baiense Felix Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2237-9967.2019v8n14p51-65

Resumo

Este artigo propõe uma reflexão sobre a “espetacularização” da pobreza na mídia e suas implicações éticas e sociais. Amparado pelos conceitos de espetáculo (DEBORD, 1997 [1967]) e pseudoconcreticidade (KOSIK, 1976), analisa a exposição de sujeitos miseráveis em três reportagens publicadas nos anos 1960 pela revista norte-americana Life e pela brasileira O Cruzeiro. Buscamos entender os objetivos da mídia ao fazer com que marginalizados sociais sejam retirados da invisibilidade e apontar as possíveis consequências do “feixe de luz” (FOUCAULT, 2006 [1977]) sobre corpos marcados pela pobreza. Para tanto, o trabalho discute o “universo carcerário” (BENJAMIN, 1987 [1985]) em que esses personagens são encerrados nas narrativas e o papel da midiatização (SODRÉ, 2002) na sua constituição social.

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Publicado

12-02-2020

Como Citar

GOULD, Luiza; FELIX, Carla Baiense. O jornalismo estampa a miséria: encarceramento identitário e ‘espetacularização’ da pobreza. Dispositiva, Belo Horizonte, v. 8, n. 14, p. 51–65, 2020. DOI: 10.5752/P.2237-9967.2019v8n14p51-65. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/dispositiva/article/view/21577. Acesso em: 20 jun. 2025.

Edição

Seção

ARTIGOS DE TEMA LIVRE