O banco e o arranjo de reservas do BRICS: iniciativas relevantes para o alargamento da ordem monetária e financeira internacional
Keywords:
Palavras-chave, BRICS, ACR, NBDAbstract
RESUMO
O Novo Banco de Desenvolvimento - NBD e o Arranjo Contingente de Reservas - ACR, criados na Cúpula do BRICS de Fortaleza, em julho de 2014, são passos importantes na institucionalização do grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, até então concentrado em emitir posicionamentos comuns e defender maior participação na ordem mundial. Trata-se de iniciativas semelhantes a outras criadas por diferentes grupos de países, mas são as primeiras sem caráter regional, no sentido de proximidade geográfica, sem incluir países centrais e sem o caráter bilateral de acordos recentes de swaps (troca) de moedas. Nos documentos de fundação, o NBD e o ACR são definidos como complementares às instituições financeiras multilaterais e regionais e à rede de segurança financeira internacional existentes, inclusive com um papel reservado ao FMI na liberação de recursos no ACR. O enfoque inicial e as regras definidas sugerem que se trata de iniciativas para o alargamento de espaços dos cinco países na ordem monetária e financeira internacional existente, inclusive pelo montante de recursos envolvidos, mas não de criação de uma ordem alternativa e muito menos de ruptura com a atual.
Palavras-chave: BRICS, ACR, NBDDownloads
References
REFERÊNCIAS
BEA - Bureau of Economic Analysis (2001). "U.S. International Transactions Accounts. Concepts and Estimation Methods". Washington D. C., U.S. Department of Commerce, June.
BOBBIO, N. (1998). Dicionário de política.11. ed. Brasília: Editora UnB.
BRASIL, Declaração de Fortaleza. (2014). Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Disponível em: http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/vi-cupula-brics-declaracao-de-fortaleza. Acessado em 29 de agosto de 2014.
BRASIL, Acordo NBD. (2015). Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Disponível em: http://brics6.itamaraty.gov.br/images/NDB%20portugues.pdf. Acessado em 29 de junho de 2015.
BRASIL, Acordo ACR. (2015). Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Disponível em: http://brics6.itamaraty.gov.br/images/ACR%20portugues.pdf. Acessado em 29 de junho de 2015.
BRASIL, Declaração de Ufá. (2015). Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Disponível em: http://www.itamaraty.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=10465:vii-cupula-do-brics-declaracao-de-ufa-ufa-russia-9-de-julho-de-2015&catid=42:notas&lang=pt-BR&Itemid=280#port. Acesso em 12 de julho de 2015.
BULLIO, Olívia; FERRARA, Daniel; CUNHA, Patrícia; CARVALHO, Carlos E. (2011). "A atuação do Fed antes e depois do estouro da bolha imobiliária: discricionariedade e mandato de bancos centrais em contexto de desregulamentação financeira". Campinas, Economia e Sociedade, v. 20, n. 2(42), ago. p. 329-364.
CARMO, Corival A. (2011). “BRICS: De estratégia do mercado financeiro à construção de uma estratégia de política internacional”. Carta Internacional. Vol. 06. N. 2. Jul-Dez de 2011. Disponível em: http://cartainternacional.abri.org.br/index.php/Carta/article/view/35. Acessado em 08 de agosto de 2014.
CINTRA, M.A.M.; PINTO, E.C. (2015). China em transformação: transição e estratégias de desenvolvimento. Texto para discussão 006/2015-Instituto de Economia UFRJ. Disponível em:http://www.ie.ufrj.br/images/pesquisa/publicacoes/discussao/2015/TD_IE_006_2015_CINTRA_PINTO.pdf . Acessado em 23 de junho de 2015.
COOPER, A. F; FAROOQ, A.B. (2015). Testando a cultura de clube dos BRICS: A evolução de um novo banco de desenvolvimento. Contexto Internacional, v.37, nº. 1, p.13.
DE AQUINO, E. T. ; DALDEGAN, W. F. (2014). O Brasil e os Brics: Crescimento Inclusivo, Soluções Sustentáveis. Textos de Economia, v. 17, p. 58.
DREZNER. D. W. (2012) The Irony of Global Economic Governance: The System Worked. New York, Council on Foreign Relations, Working Paper, oct., 25 p.
ESTEVES, Paulo L. (2014). “O efeito BRICS”. Jornal O Globo, 21 de julho de 2014.
FARHI, Maryse; CINTRA, Marcos A.M. (2009). "A arquitetura do sistema financeiro internacional contemporâneo". São Paulo, Revista de Economia Política, v.29, n. 3(115), jul./set., p.274-294.
FERRARA, Daniel N. ; CARVALHO, C.E. (2014). O Fed antes da crise: erros de percepção ou de concepção? Análise das atas do FOMC e de falas de Greenspan e de Bernanke de 2001 a 2007. Economia e Sociedade. Unicamp, v. 23, p. 755 (8)-790, 2014.
FIORI, J.L. (2009). O Sistema interestatal capitalista no inicio do século XXI. IN: MEDEIROS, FIORI e SERRANO. O mito do colapso do poder americano. Editora Record.
HERZ, Mônica; HOFFMANN, Andrea Ribeiro. (2004). Organizações internacionais: história e práticas. Rio de Janeiro: Campus.
KEOHANE, Robert O. (1989). International institutions and state power. Boulder:
Westview Press.
KEOHANE, R.O.; MARTIN, L. L. (1995). The promise of Institutionalist Theory. International Security. Vol 20; N. 1. Disponível em: http://www.uio.no/studier/emner/hf/iakh/HIS4421/h11/undervisningsmateriale/HIS4421_KeohaneMartinInstitutionalism.pdf. Acessado em: 10 de maio de 2015.
KEOHANE, Robert O.; NYE, Joseph S. (2001). Power and interdependence. 3rd ed. New York: Longman.
KRASNER, Stephen. (1982). International Regimes. Ithaca: Cornell University Press.
MAIA, J. M. (2001). Economia Internacional e Comércio Exterior. São Paulo: Editora Atlas.
NOGUEIRA, João Pontes; MESSARI, Nizar.(2005) Teoria das relações internacionais.Rio de Janeiro: Campus.
O’NEILL, Jim. (2001). “Building Better Global Economic BRICs”. Global Economic Paper n. 66. Goldman Sachs. Disponível em http://www.goldmansachs.com/our-thinking/archive/archive-pdfs/build-better-brics.pdf. Acessado em 02 de agosto de 2014.
SERRANO, F. (2004). Relações de poder e a política macroeconômica americana, de Bretton Woods ao padrão dólar flexível. In: FIORI, J.L. (Org.). O poder americano. Petrópolis: Editora Vozes.
TROYJO, M. (2015). Remaking the future. BRICS Business Magazine. Disponível em: http://bricsmagazine.com/en/articles/remaking-the-future. Acesso em 11 de julho de 2015.
WEST, J. (2014). Chiang Mai Initiative: an asian IMF Asian Century Institute. Disponível em: http://asiancenturyinstitute.com/economy/248-chiang-mai-initiative-an-asian-imf. Acessado em 22 de junho de 2015.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
a.Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution License that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal
b.Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
c.Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access).